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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A força da natureza, ou será do sobrenatural?

 


            Os dias têm passado. O Outono, cada vez mais frio, tende a instalar-se, rumo ao Inverno, que já não e como outrora, porque tudo muda, porque tudo tem de mudar. O clima altera-se; sempre tive noção da mudança, de que nada estava parado; mas não tinha consciência de que, cada vez mais, teria menos forças e capacidades para enfrentar mudanças, menos forças para ultrapassar as dificuldades; Na verdade, pensei que apesar da mudança, não iria chegar tão longe [com relevância no que diz respeito ao conhecimento, compreendendo em simultâneo que - e tendo dificuldade em aceitar que - sei tão pouco] e ao mesmo tempo ficar tão perto de onde nasci, pois, não sou aventureiro, o espirito do medo entranhou-se em mim, de algum modo que eu tento perceber, tentando ultrapassá-lo sempre mas, cada vez mais, com mais dificuldade. O Frio vai na minha alma a maior parte destes dias, nesta minha escrita irónica do que sinto realmente, porque aos extremos de sentir na pele essa ironia não quero chegar, tentando antecipar as jogadas que se seguem, como quem disse: << fingindo tão completamente, que chega a fingir a dor que deveras sente>>, Fernando Pessoa; Mas tenho medo de lá chegar, ao descambamento, neste mundo imprevisível onde me parece que tudo pode acontecer, onde a estabilidade é uma visão efémera do eterno tempo, onde eu sinto que não domino o meu destino, onde eu sou o que sou segundo o que sinto e onde estou, não podendo ambicionar, assim, ter controlo justo sobre a minha vida, sentir-me bem, talvez porque não consigo controlar o que sinto, porque deixei de ser fluente no que sinto faz muito tempo, arrastando o meu passado comigo, passado esse, que por um lado me enche de conhecimento para lutar contra algo, esse algo que me aprisiona, mas, por outro me está a fazer cada vez mais atrito, cada vez menos me deixa prosseguir; sinto que haverá um ponto de rutura algures no meu futuro, e tenho a esperança de que esse futuro seja positivo para mim como sempre o esperancei. Cheguei a pensar, em determinada altura da minha vida (naquela altura que deveria ter sido um trampolim para a vida que me restava, e não o foi) que não sentiria mais o calor da vida. Tenho visto tanto mal-entendido nela, tanta mudez, querer expressar-me e não conseguir… e, no entanto, sei que ainda ando aos tombos num vazio que não aceito e não consigo ultrapassar. Vejo coisas que de algum modo sei que nunca quis ver nem sentir em plenitude naqueles tempos, pois seria a minha derrota antes de ter sequer começado, a derrota antes de ter tentado ir mais além, como o fiz para estar aqui agora; e nessa época cerrei os olhos e lancei-me às feras lutando com a força que parecia que iria ter para sempre, a força de aguentar pesos que se acumulavam nas minhas costas, de tentar aguentar como uma rocha, que na verdade não sou nem nenhum homem o é. Assim, fui à luta e enfrentei os meus medos, desajustadamente, sei-o agora, mas na altura eu não o poderia saber nem poderia ter sido de outra maneira, eu, simplesmente, tinha que andar, tinha que continuar, para não cair na indiferença de mim sobre mim próprio, no desânimo de não ter esperança, quando a esperança deve ser a última a morrer, sempre. Eu deveria ser um ser normalmente satisfeito mas algo não o deixou ser, será que ainda é essa a mesma ‘tal’ causa que não me deixa ser, ou estou a delirar? Vejo coisas, sinto coisas, não no sentido da inventada ‘esquizofrenia’ [eu o afirmo veementemente!!! ] mas no sentido de que vejo e sinto associações de coisas que não são objetivas no dia a dia comum, no sentir de quem apenas age sem saber que age ou, pelo menos, no sentir de quem age sem se preocupar com o que é passado, com os sentimentos, quando na verdade há tanto subjacente àquilo que se vê, aquilo que é fachada e que eu tenho que descobrir… tanto, mas tanto, que eu me sinto um ignorante que caminha vulnerável na vida; com isso quero dizer que existem espécie de complôs que nos perseguem, azares, há ideias obscuras escondidas – passe a redundância- que nos querem afundar, sobrepujar indevidamente, injustamente, a mim parece sê-lo como acabei de o dizer. Pensava que lutando cegamente iria ter mais força, mas não se pode lutar contra as leis da natureza, e mesmo, direi, contra a natureza das coisas paranormais ou que não compreendemos. Um dos meus erros, que me fez aumentar todos os meus nervos, e que só há pouco, e, gradualmente decidi combater, porque só agora percebi que era verdade, era que eu bebia leite e o leite fazia-me mal, tão simples quanto isso, fazendo-me mal-estar intestinal e aumentando a minha ilusão ‘que me puseram na cabeça’ de que o mal era outro, era da minha cabeça, aumentando os meus nervos ao longo destes anos impiedosos de luta constante contra a natureza do leite que não me era favorável; simplesmente, dizem que o leite contem a chamada lactose, e, eu verifiquei ultimamente que bebendo leite sem lactose me sinto melhor dos intestinos, pelo que concluo que tenho grande intolerância á lactose, e foi isso que, se não foi a causa, pelo menos foi o coadjuvante de seguir o sentido de mal-estar que senti estes anos todos, porque burros como a médica de família, entre outros familiares não foram capazes de dizer que poderia ser isso e ajudar-me a ultrapassar esse desconforto que aposto, mais uma vez, influenciou todos estes anos fortemente [eu nunca quis deixar de beber leite porque sei que é fonte de cálcio e de muitas vitaminas das quais não queria abdicar, além de que ignorava que havia leite sem lactose]. As pessoas matam as pessoas, a cultura mata, mata quem não se insere na cultura, afirmo-o enraivecidamente. No seguimento do que digo, também o meu organismo não tolera bem o álcool, - a cultura vigente por estas terras de Deus, que eu tanto amo, mas que por certas pessoas me parecem terras do diabo - por isso evito beber, além de que nem deveria ser copinho de leite… hehe Sim, mais calmo… Só que agora o grande mal já está feito, o meu medo de andar mal do intestino alastrou-se no meu sistema nervoso, e pergunto-me que se mantiver a minha terapêutica, chamemos-lhe assim, de não beber leite com lactose (o que me esvazia os bolsos de um desempregado com problemas de achar emprego por causa de efeitos bola de neve), irei eu melhorar nos restantes sintomas e recuperar um bem-estar normal (?) Tenho esperança, quero acreditar que sim. Acabei de renascer, penso. Vou testar a teoria.


O conhecimento anda por ai, e também na net há muito, muito mais. Mas o poder do paranormal e daquilo que não se pode explicar, que está para lá do natural, continua no mundo das pessoas. O metafísico é algo que tanto pode ser agradável e belo, como pode ser um horror (tirem-me deste filme…!). De que modo o natural, o mundo físico, interage com o sobrenatural, o mundo metafísico? Que interagem é para mim - e em mim - claro, não provado e assente ainda, mas evidente. Como pode um problema intestinal virar numa bola de neve e levar a problemas do comportamento, e dai a ser diagnosticado, com o passar dos tempos, como tendo problemas psíquicos, que de fato se tem, exponenciados também pelo leite além da maneira como se tratam as pessoas? Esta é a minha questão que responderei (nem que seja a mim próprio) nos próximos tempos, da minha vida tão descambada. Sou louco porque lutei contra o que não se pode lutar, sim, segundo essa definição eu sou louco, mas quem não é louco em algum momento da vida pelo menos? Nasci fraco, abaixo da normalidade é certo; Se por um lado é bom que se seja ‘puxado’ como sendo uma pessoa normal, como pode a intolerância dar lugar á tortura de um ser que constantemente é levado a dar mais do que pode? De onde vêm as forças que nos mantêm vivos e que ninguém se pergunta normalmente quando se está bem, e se nasceu bem constituído metabolicamente? Como pode o medo da diarreia levar à loucura? Coisas tão simples que soam a complicadas, talvez porque não isoladas, coisas simples, males simples que se tornam complexos, tal é o efeito exponencial. Talvez não seja só desse mal que tudo levou a onde levou, mas é um princípio dos princípios. E estou a atacar um princípio, por isso estou no caminho certo, penso. Assim destrinço ou começo a destrinçar a relação entre o que acontece na dimensão da realidade, tornando-se fato, e aquilo que se interpreta no mundo do psiquismo. Se não estamos bem fisicamente, como poderemos está-lo psicologicamente? Vislumbro inter-relações entre o natural e o psiquismo, entre o que ocorre na vida e vemos com os nossos olhos e o que ocorre a nível das ideias, e digo, tenho medo do mundo das ideias, quando não as dominamos e elas se querem virar contra nós, contra mim, de tal modo que nos querem aniquilar; é verdade que cada um tem a vida que pode ter, é óbvio que um ser saudável e motivado ultrapassa os limites anteriormente vencidos, vai mais além, domina o seu ser, até ao ponto em que ele não domina mais, é certo, porque algo está sempre para além dele, os acontecimentos que ainda não foram explicados. E então fala-se em segredos, ‘o segredo’, o segredo do sucesso etc e tal. Mas as coisas não são tão lineares assim; todos os que jogam no euromilhões desejam fortemente ganhar mas só um, normalmente o ganha isolado, o resto é uma imensidade de ilusões, de que hão de ser especiais, tal como eu um dia o desejei ser erradamente... Ou talvez não, ou talvez nunca o saiba, ou talvez nunca saiba que o fui, porque o desejo de ser especial está tão enraizado em mim, ainda… porque o gostava de o ser sem o ser deste modo, gostava de acreditar, tenho esperança que ainda vou acreditar novamente na especialidade, mesmo que não me saia o euromilhões  ;) Com isto, digo que o natural está tão intricadamente ligado com o sobrenatural, aquilo que os nossos olhos veem está ligado com o sentir, que mesmo que não o vejamos não o podemos negar, e resta-nos tentar explicar, a maioria das vezes erradamente até que chegamos a um ponto ‘milagroso’ em que podemos finalmente explica-lo, simplesmente.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Acróstico

      Vendo imparcialmente, d’um alto, este vocábulo assaz esclarecedor, sei objetivamente ligar, indeterminadamente também, a razão incauta a qualquer uma exatidão recôndita. O ato maravilhoso a redescobrir.

            Sobrepondo-se, enfim, num tom ironicamente repetido, o palavreado reduz-se a zabumbar estoicamente, remexidos da alma de alguém, desejando indevidamente, vergastar as mentes um tanto ufanas. A…; extrafina, a sorte, olha reveladoramente todo este degelo estético não apreciado. O ênfase sobressai timidamente. A redação sutil: OCLUSÃO!












Observação:     Esta prosa foi originalmente escrita nos anos 90, e tem uma mensagem em si.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Falhado


                 Faz muito tempo que não escrevo. A apatia e desânimo tendem a tomar conta de mim; já não vejo um mundo imenso à minha frente, aquele mundo que me parecia possível de conquistar, de imensas possibilidades e onde cabia a minha possibilidade. Onde está a motivação de outrora? Aquela que me fazia ter esperança, aquela em que me fazia acreditar na tolerância, numa terra em paz e em liberdade, onde a minha paz e liberdade era possível. Agora vejo a vida do tipo de um jogo de copas, onde revejo a metáfora da minha vida, por mais que tente só consigo ganhar 1 em cada 4 jogos, por mais que tente…. Muito ocasionalmente, tenho uma pequena sorte eclipsante de ganhar 2 seguidos, mas quantos jogos e quantos, eu não tenho perdido seguidamente sem ao menos ganhar um. Com este pequeno exemplo, tenho a indução de que [tenho em mente que] não podemos quebrar as leis da vida, nem do Universo. O problema existencial parece-me ser o grande problema da minha vida do qual já não vou sair, muito provavelmente, se bem que me resta alguma esperança na medida do tempo que me restará de vida, mesmo sem saber qual é esse tempo; O problema de acreditar em coisas como certas, como factos, sem na realidade os poder provar, talvez jamais o poder provar traz-me uma frustração, terem-me posto na mente uma ideia que se cimentou tão fortemente que não se pode transformar, a de Deus, a da existência do correto, do bem [e do mal], uma prisão que nos acorrenta para a vida segundo a vida de Cristo; Ideias que ficam em nós [que ficaram em mim] de medo, muitas das vezes sem fundamento, a cobardia pelo medo da injustiça, quando a injustiça faz parte da casualidade dos acontecimentos, das leis da vida e do Universo, tal como as leis do jogo das copas. Pergunto-me se o que sinto é real (?), no sentido de que tudo isto que se passa em mim e comigo tem um propósito; Terá um propósito que eu nunca poderei compreender? Que desgosto traz a minha ambição; porque não serei um ser normal (?), com vontades comuns aos outros humanos, com desejos limitados, satisfazendo-me com respostas imediatas, com a ilusão de uma criança que se contenta com o comum, bastando o sentido do sentimento de que só o que se vê é o que existe. Com o que sou marginalizo-me e marginalizam-me; marginalizam-me esses, os comuns… ‘’idiotas’’, penso, ‘’a vossa vida é de escravidão, tendes um espírito pequeno de mais’’, e no entanto sou igual a vós porque sou feito de material perene; oh! Se o que vai na alma realmente contasse da grandeza de uma pessoa e fosse fonte e força de sobrevivência! O quanto eu quis desde sempre ser grande e sentir-me bem, mas, quão errado estava, com esse desejo de sonhador, quando, afinal, sou de carne e osso, feito de matéria finita, suscetível de dor, com a necessidade de ligação aos outros seres; ligação, essa, que não consigo ter, fazendo-me trilhar por estes caminhos solitários, insatisfeito, guiando-me pelo paradoxo de desejar o contato com o outro e ao mesmo tempo só me parecer que o outro me faz mal, como o inimigo, como o diabo que me tenta estragar a vida. É certo que sou um ser incomunicável, onde quase que só existe o sentido direcional do tragável, da absorção, da assimilação descontrolada; na minha pessoa não há diálogo, não há expressão do meu ser; além do mais pensava que compreendia as pessoas, mas quando estou com elas não me parece isso, e vejo que sou eu que não estou a perceber o contexto e a agir em conformidade com o que me envolve; não ajo como as sardinhas que se movem em uníssono, como as aves do céu que dançam harmoniosamente em bandos; sou um ser solitário, como os seres solitário que vagueiam por esse mundo afora, tímidos, não sociáveis, com estratégias de sobrevivência fantásticas, vivendo em habitats inóspitos para a maioria dos seres, tendo características únicas. Penso ainda que tenho uma compreensão do mundo especial; mas como pô-la em prática? Como tirar proveito disso? Como sentir-me bem com o que sou e o que sinto? É certo que as pessoas não são todas iguais, más, como pode transparecer da minha ironia de escrita, do exagero daquilo que de mal sinto em mim e na minha vida; só que não compreendo porque vem a mim todo um conjunto de sentimentos que não queria ter com os outros, uma vida de mal-entendidos constantes. O legado que me deixam não me agrada, não quero ser um falhado, não quero morrer em vão, não quero a injustiça, sobrevivo na procura da paz de espirito, de jus. Assim, digo que extrapolo aqui (nesta escrita) ao máximo aquilo que sinto na verdade, na tentativa de que o mal não aconteça na realidade externa a mim. Senti-me perdido um dia, nada mais fazia sentido, não havia comunicação com o exterior, restou-me a juventude, que me traz aqui ainda, para prosseguir, e a internet para me restaurar; pergunto-me se não viverei na mesma uma ilusão, a internet não me dá as capacidades de comunicação que nunca desenvolvi, a oralidade, a relação humana, o ‘cultivar dos olhos nos olhos’; será que escrevo para o vazio, tendo apenas ecos de silêncio, pensando que estou fazendo bem a mim mesmo quando apenas estou a desperdiçar o tempo? Falhado não sou, não, não sou, sou um camaleão que se tenta disfarçar no meio ambiente, ou um ser que se fecha na sua carapaça superforte para se proteger porque a natureza não deu outros meios de proteção. Não, falhado não sou! Porque, afinal, vivo há mais de trinta anos, e isso me torna um ser abençoado, conhecedor e sabedor; sou um ser bonito, magnífico, com uma história de vida e um destino que só o Universo pode saber o porquê de ser assim. É o sentido desse destino que fortemente me condiciona!


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Beck – Loser (tradução)

No tempo dos chimpanzés Eu era um macaco
Butano nas minhas veias e ai vou eu para cortar o vício
Com os olhos de plástico, spray de tinta de legumes
Comida de cão de barraca e musculado em collants
Faróis nos máximos, em ponto morto
Flamejante como um carro de stock como um falhado e controle de cruzeiro
Baby em Reno com vitamina D
Tenho um par de sofás, dormir no assento do amor
Alguém veio dizendo que eu sou louco para reclamar
Sobre um casamento forçado e uma mancha na minha camisa
Não acredites em tudo que respiras
Recebes uma multa e um verme na tua manga
Então barbeia a tua face com algum cetro no escuro
Guardando todos os cupões alimentares e queimando o parque de trailers

Yo. Corta-o

Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?

(duplo tiro de barril)

Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?

Forças do mal em um pesadelo estúpido
Proíbem todas as músicas com uma câmara de gás falsa
Porque um tem uma doninha e outro uma bandeira
Um está no polo, empurrando o outro no saco
Com o show repetido e o serviço da cocaína
Porcaria de dia do cantor idiota
Ele enforcou-se com uma corda de violão
A placa do pescoço de peru está pendurada em uma asa de pombo
Se não podes relacionar-te não podes escrever
Troca o dinheiro para a carne para o corpo para o ódio
O meu tempo é um pedaço de cera caindo em térmitas
Que está asfixiando nas farpas

Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
(ficar louco com o gênio de queijo)
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
(conduz, corpo perfurado)
(yo trá-lo para baixo)
Soooooyy ....

? los llik uoy t'nod YHW os, ybab resol um m'I rodedreP nu yos
[ É o refrão para trás ]

(Sou um motorista, sou um vencedor, as coisas vão mudar, posso sentir isso)

Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
(Eu não posso acreditar em ti)
Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
( Nlehh. ..)
Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
(Você fala alemão aqui, baby!)
Soy un perdedor
Sou um falhado baby, então porque não me matas?
(Sabes o que estou a dizer?)





Tradução: pessoal, baseada na internet e no Google translate

Beck – Loser (lyrics)







In the time of chimpanzees I was a monkey
Butane in my veins and I’m out to cut the junkie
With the plastic eyeballs, spray-paint the vegetables
Dog food stalls with the beefcake pantyhose
Kill the headlights and put it in neutral
Stock car flamin’ with a loser and the cruise control
Baby’s in reno with the vitamin d
Got a couple of couches, sleep on the love-seat
Someone came sayin’ I’m insane to complain
About a shotgun wedding and a stain on my shirt
Don’t believe everything that you breathe
You get a parking violation and a maggot on your sleeve
So shave your face with some mace in the dark
Savin’ all your food stamps and burnin’ down the trailer park

Yo. cut it.

Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?

(double barrel buckshot)
Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?

Forces of evil on a bozo nightmare
Ban all the music with a phony gas chamber
’cuz one’s got a weasel and the other’s got a flag
One’s on the pole, shove the other in a bag
With the rerun shows and the cocaine nose-job
The daytime crap of the folksinger slob
He hung himself with a guitar string
A slab of turkey-neck and it’s hangin’ from a pigeon wing
You can’t write if you can’t relate
Trade the cash for the beef for the body for the hate
And my time is a piece of wax fallin’ on a termite
who's chokin’ on the splinters

Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(get crazy with the cheese whiz)
Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(drive-by body-pierce)
(yo bring it on down)
Soooooyy....

?em llik uoy t'nod yhw os ,ybab resol a m'I rodedreP nu yos
[It's the Chorus backwards]

(I’m a driver, I’m a winner; things are gonna change I can feel it)

Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(I can’t believe you)
Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(Nlehh...)
Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(Sprechen Sie Deutsch hier, Baby!)
Soy un perdedor
I’m a loser baby, so why don’t you kill me?
(know what I’m sayin’? )














Fonte: Internet

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Encantado por uma nativa

     Estranha e bela nativa, teu jeito emana frescura, doçura no olhar, sobriedade nos gestos. Quem me dera poder atrair a tua atenção para mim, obter um sorriso dos teus quentes lábios, para mim, só. Pudesse eu ter estas tuas qualidades e tu olharias para mim, por isso acho justo que eu olhe para ti. Decerto sou um entre muitos, e em muitos, há muito por onde escolher, mas talvez não se encontrem muitos para dar, porque muito há quem queira receber, e, afinal, esquece-se que há tanto para partilhar, mas, para isso, é preciso conquistar…


 


 


 


 


 


OBS: Este artigo foi escrito nos anos 90.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Apelo aos instintos

      A vida tem um propósito, algo (grandioso) sucedeu para que ela surgisse e algo a fará continuar bem para além da minha existência, diga o que se disser; somos impulsionados a agir, a movermo-nos até não mais poder, a fazer o que quer que seja, bom ou mau, com as repercussões que esse ‘fazer’, essa ação terá. A vida escapa-me velozmente. Durante um ínfimo de temporalidade eu sinto que ultrapassei o próprio tempo, absorvi-o com uma rapidez tal que tudo me parecia possível; ultrapassei-o como a maioria dos jovens o farão, mas, agora, o tempo vai deixando-me cada vez mais cá atrás, como que tendendo a abandonar-me; menos mal quando tenho tempo de refletir sobre a minha condição humana (ainda penso que isso tem valor), no entanto sem saber particular algum, não possuo o saber do concreto, algo que me faça poder viver; se bem que de nada me tem valido (aparentemente, na globalidade) todo o tempo que eu pude usufruir, como se fosse uma perda desse mesmo tempo, dadas as minhas ambições para a vida, visto isso neste momento. Antevejo sofrimento (e acho que não é pessimismo, é realismo), mas em maior quantidade, para mim, na ordem daquilo que já senti, e nem consigo exprimir o que sinto e senti como também daquilo que sei, talvez não me seja permitido fazê-lo. Sei que muitos devem estar pior, e, eu, eu não consigo compreender (apesar de me parecer que compreendo muitas das vezes), ou melhor, eu não consigo estar satisfeito, tenho o instinto da insatisfação, sempre o tive, porque realmente a vida levou-me a tê-lo sempre presente. Tenho que arcar com toda uma envolvente que não escolhi, com um corpo e um espirito frágil, apesar de não dos mais frágeis, frágil no entanto; e tudo confluiu nisto que sou hoje. Na beleza de ser jovem, há todo um apelo aos instintos que nos faz viver, que nos faz tentar superar os momentos que se dão, que nos faz ultrapassar ou suportar os atritos que se dão, a ter uma esperança vinda da força da vida em si que nos impulsiona a experimentar e a conhecer mais e mais. Este mundo é um verdadeiro apelo aos sentidos, em que tudo gira à volta da sexualidade, da continuidade dos seres, algo que eu não fui abençoado à partida, pelo contrário, fui amaldiçoado por algo que me transcende, não compreendo. Por sua vez o instinto da insatisfação levou-me a ir ou tentar ir ao encontro da explicação do ‘porquê’ de tudo ser como é na minha vida. Toda essa busca fazia sentido, mas agora sinto que a justiça me escapa, e esse sentido se perde. A vida apela-nos aos instintos, e eu não fui capaz de lhe corresponder minimamente, ou, pelo menos, atempadamente. Tudo em mim é tardio, fora de tempo, como se uma sina caísse sobre mim com regularidade. E eu estou enlouquecido, enfurecido (e nem o manifesto porque seria pior para mim, porque já não consigo), sabes: ‘ I’m mad’. Quanto tempo perdido, quanto desencontro na minha vida, tanta peça que não encaixa no puzzle que ela é (conseguirei eu fazê-lo algum dia?) Quanto apelo aos instintos de sobrevivência, quantos chamamentos para que seguisse determinados caminhos, antes, e agora tendo a ir para o vazio, em verdade tenho medo do pântano que vejo à minha frente. Mas o instinto da sobrevivência puxa-nos (me) ao máximo e já me puxou ao máximo de modo a estar aqui e agora. Sempre pensei que tudo acontecesse naturalmente, mas uma coisa é a realidade, outra coisa é o nosso desejo, ou, quiçá esse desejo não passe de um sonho, muitas das vezes. O instinto sonhador acompanhou-me também até hoje, e apesar de muita coisa não acontecer naturalmente, como eu o desejei, sempre foram acontecendo muitos desejos, sem por isso, no entanto, colmatar uma necessidade suprema que reside no mais alto dos desejos, dos sonhos, o de ser amado como deveria de ser amado, na verdade. Muitas vezes questiono-me se eu não serei realmente amado e não será o meu instinto de insatisfação que me leva a pensar que não o sou (?); é provável e razoável que eu seja amado de certo modo e até certo ponto, e isso contribuiu para que eu esteja aqui e agora, repito. Se sou amado, algo não me deixa sentir isso, e eu já consigo entender, em parte, pelo menos, o porquê de não sentir isso; não obstante, não quero acreditar nas respostas que sinto, no que ‘vejo’, o ‘porquê disso acontecer’; tenho uma grande tranca diante dos meus olhos que por sua vez me fez elevar o pensamento, um apelo de sempre ao instinto do pensar. O ‘apelo dos instintos’ ergueram-me da insignificância (deixem-me passar uma imagem de grandeza), eles me fizeram ir de encontro ‘ao apelo aos instintos’, (permitam o trocadilho) que significa que o meu interior foi em busca do exterior, a necessidade intrínseca foi em busca da ‘oferta’ extrínseca. Eu lutei, o meu instinto me levou a fazer o que fiz e o que fiz foi em busca da eterna ‘justiça’ (a minha ‘busca eterna’ por justiça), algo que me faz mover atualmente de uma forma mais vívida (originalmente, a prioridade foi procurar a compreensão da minha condição humana, algo que já alcancei de certo modo, penso). Se não fosse o apelo aos instintos ou o apelo dos instintos, a necessidade de satisfazê-los, a vida não seria como é. A fome pode ser grande, senão é hoje pode sê-la amanhã, e a necessidade de a satisfazer vai nos levar ao máximo de nós, se ainda tivermos forças para tal… Assim é com qualquer instinto, onde as necessidades (físicas em particular, se quiserem) falam sempre mais alto que quaisquer palavras do que qualquer norma feita por alguém para satisfação dele ou de um grupo de indivíduos a desfavor de outros, marginalizando. As leis da natureza são as leis máximas que existem, o homem tenta contornar e fazer outras assente sobre elas. As leis que regem a natureza dos instintos são as leis primordiais e eu não consigo vislumbrar outras que as possam substituir. Porque fazem as crianças sonhar? Porque sonhei eu? Talvez seja ou tenha sido um apelo aos instintos.

domingo, 11 de agosto de 2013

Promiscuidade

            Não dá para contar. Não há por onde começar. Não há acabar. Não há ponta por onde se lhe pegue. É assim simplesmente. Ninguém a pode mudar. Talvez o tempo… mas o tempo não é gente.


            A inspiração é um dos componentes quer nos faz mover. Mas há muito mais. É o que me falta agora. Há momentos em que um simples grão de praia faz-nos pensar em imensas coisas, tal como a terra que, no Universo, é um grão pequenino e que afinal tem tanto que se lhe diga. Há momentos em que a mente fica em claro, tal como esta folha estava originalmente. Não há inspiração, não há algo que nos leve a refletir, deduzir, examinar através do pensamento. Tudo foge da mente, tal como o tempo foge e, sem ser palpável, nós sentimo-lo. Quiçá o pensamento seja da mesma onda ou frequência do tempo, daí nós sentirmo-lo. Não há nada, mas mesmo nada em absoluto, no sentido mais radical e essencial do termo, que esteja imóvel, mesmo que a nossos olhos assim o pareça. Assim o diz a ciência, através da explicação de que a matéria é constituída por átomos e neles existem outros ‘componentes’ tal como eletrões em constante movimento. Daí que na perspetiva de nossos olhos está imóvel, mas na perspetiva microscópica isso não acontece. Tudo define o tempo então. O melhor, penso, seria talvez andar-se à caça de inspiração, isto é, em lugar de estar aqui à espera que ela me possua seria eu que de papel e caneta em punho iria andando e certamente na hora que menos esperasse, ai estava ele, e, esse seria o momento para o aproveitar. Estes olhos […] são fonte de inspiração e desejam ver e ver. Estes ouvidos querem ouvir e ouvir. O nariz cheirar e cheirar. Enfim, sentir sentindo, através dos sentidos, cinco dizem. Afinal são eles fonte de inspiração. Mas este são os sentidos físicos. E quanto à existência de ouros sentidos, paranormais, digamos assim, já que está na moda, aquilo que vai para além do que denominamos normal? Bem deve ser uma questão de perspetiva. É bom que se tenha boas perspetivas, faça-se por elas, em.


            Olhemos agora para a realidade. Quem és tu afinal? Alguém encurralado dentro dessa máscara eterna que por mais que mude, hás - de ser sempre, sempre, tu. É essa máscara o segredo do teu sucesso? Ou é ela a causa da tua infelicidade? É ela que te faz mover ou é ela que te aprisiona? Quantas dimensões tem o homem? Por acaso estou a ouvir uma música que diz: ‘’ The beautiful people’’. Que máscara é essa? O belo como é? Como podemos ser livres? Tirando a máscara? Sendo nós mesmos? Mas onde?


            Liberdade, aqui estamos nós e aqui estás tu. Justiça, aqui estamos nós e onde estás tu? Amor, andas no ar…, mas, afinal, como te apanhamos? Solidão, de onde vens? Foi a liberdade que te chamou? OK. Mas a realidade o que é afinal? É a maneira como tu vês ou sentes ou será a maneira como eu vejo ou sinto? Mas… mas que mas. De onde vens tu ‘mas’? Foi a inteligência que te criou?


            Que foi isto?! Sim, promiscuidade. Também dela se tira qualquer coisa, afinal. Alguma inspiração, talvez… Se até a vida veio do nada, da promiscuidade sempre virá qualquer coisa também.


            Afinal ‘Promiscuidade’ não é o mesmo que diversidade, pois não? Diversidade faz parte da vida natural, promiscuidade faz parte da vida humana.


 


 


OBS:  Este texto foi originalmente escrito nos anos 90.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Depeche Mode - In Your Room (Zephyr Mix) [com Tradução]

  



Depeche Mode - In Your Room (Zephyr Mix)



In your room
Where time stands still
Or moves at your will
Will you let the morning come soon
Or will you leave me lying here
In your favourite darkness
Your favourite half-light
Your favourite consciousness
Your favourite slave

In your room
Where souls disappear
Only you exist here
Will you lead me to your armchair
Or leave me lying here
Your favourite innocence
Your favourite prize
Your favourite smile
Your favourite slave

I'm hanging on your words
Living on your breath
Feeling with your skin
Will I always be here

In your room
Your burning eyes
Cause flames to arise
Will you let the fire die down soon
Or will I always be here
Your favourite passion
Your favourite game
Your favourite mirror
Your favourite slave

I'm hanging on your words
Living on your breath
Feeling with your skin
Will I always be here

Will I always be here
















No teu quarto
Onde o tempo pára
Ou se move à tua vontade

Irás deixar a manhã vir em breve
Ou vais deixar-me aqui deitado
 Tua escuridão favorita
Teu silêncio favorito
Tua consciência favorita
Tua escravatura favorita

No teu quarto
Onde as almas desaparecem
Só tu existes aqui
Levar-me-ás para a tua poltrona
Ou deixar-me-ás aqui deitado
Tua inocência favorita
Teu prêmio favorito
Teu sorriso favorito
Tua escravatura favorita

Estou pendurado em tuas palavras
Vivendo em tua respiração
Sentindo com a tua pele
Vou estar sempre aqui

No teu quarto
Teus olhos ardentes
fazem surgir chamas
Vais deixar que o fogo morra logo
Ou será que eu sempre estarei aqui
Tua paixão favorita
Teu jogo favorito
Teu espelho favorito
Tua escravatura favorita

Estou pendurado em tuas palavras
Vivendo em tua respiração
Sentindo com a tua pele
Vou estar sempre aqui

Vou estar sempre aqui







Fonte: Internet

Tradução: pessoal baseada na internet

domingo, 7 de julho de 2013

Grita comigo




         Recolhido neste antro, oiço subitamente, o relógio tocar. Toca o peso das horas imponderáveis. É imenso o peso que recai sobre esta esferográfica, onde cada palavra é escrita sobre imenso esforço. Meço cada frase, que é olvidada quando se procura uma mais sobranceira. E tal como o som que o sino emitiu, que veio do vazio – para lá voltar-, assim sinto cada oração escrita, vazia de sentido. Como encontrar uma mais proeminente? Como superar-me a mim mesmo? A busca da perfeição não tem sentido, somos limitados por natureza.

            O mundo desabou sobre mim. Esta cogitação deixou de ter pés e cabeça, o pensamento não é linear. Sinto em mim o grito cavo e próximo da noite, tentando aliviar o âmago em letargia. Sim, já não sou eu que grito, porque mais não consigo. Mas há algo que grita por mim. Tenho medo de cada palavra que profiro, que ela me seja pungente, melhor, tenho medo de mim mesmo. […] Tenho medo dos meus próprios pensamentos. Sou uma máquina infernal que se consome lentamente. Todo eu sou efusão de sentimentos recalcados, tudo a manifestar-se ao mesmo tempo. E nada consola este coração despedaçado, abandonado como gota de água no deserto. É nesta fugacidade que tento reencontrar o equilíbrio.

            No silêncio das horas procuro uma luz que ilumine o meu caminho, transeunte que sou, nesta vida sem destino. Proclamo a lua e o sol como renovadores de esperança, que os seus raios de luz desçam em abundância. Procuro com avidez pormenores despercebidos com os cinco sentidos. Quero espaço, quero ar, quero mar, quero chuva, quero descansar, acordar, ver estrelas a brilhar, preenchendo o vazio sideral.







OBS:  Este texto foi originalmente escrito nos anos 90.

sábado, 29 de junho de 2013

Meia-noite

            Dlim, dlom! Meia-noite. Caminhando ao luar, pensando frescamente numa noite quente de Verão. Boa disposição não faltava. Ao longe via-se incomensuráveis luzes. Estava no ponto mais alto. No ponto onde jamais alguém tinha estado. Dali via o tudo, não ao pormenor, mas via o principal. Via o passado, e o presente quanto baste. Mas estava insatisfeito, queria ver mais, queria ver o futuro. Queria ver os erros para os poder evitar. Queria ver o infinito. Queria, pelo menos senti-lo nos meus sonhos. Queria tocar na utopia. Satisfazer o meu gosto de viver.


            Viver. Somos nós. Queremos demarcar-nos, tomar posição. Mas há uma sociedade, há regras, que nem todos conseguem aceitar [conseguem cumprir]. Há injustiças… nem que sejam só nos nossos olhos. Há palavras sem nexo. Há a vontade de conversar, conversar de tudo, do mais intimo, não só de amor perverso como se pode pensar logo há partida por algumas mentes ufanas, mas do além e ao mesmo tempo da realidade. Mas a realidade é aquilo que um homem quer que seja. A mente pode ultrapassar a realidade e criar outras que parecendo falsas para quem as não criou, são verdadeiras para quem as criou. De maneira que os verdadeiros valores da vida são substituídos por valores mesquinhos, que só podem sair da imaginação mais rasca. E passam-se tempos a criticar os outros como sendo os culpados. A toda esta ordem contrapor-se - á a desordem. Excessos, extremos, extremistas, loucos Ah! Ah! Ah! De tudo corre nas veias do tempo do Universo… até a vida coube. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Uma só Palavra

            Pudera eu exprimir-me todo numa só palavra! Uma palavra com que descrevesse tudo aquilo que somos, quer física quer psicologicamente. Ah! Se eu pudesse… seria perfeito! E aí, descreveria o Universo, estrelas que se movem com um ritmo regular e sem fim, em que se engloba a célebre frase: ‘Nada se ganha, nada se perde, tudo se transforma’. O movimento perpétuo, o sentido intangível pelo homem, o tempo que é espaço sem fim nem princípio.  


 


 


 


 


OBS:  Este texto foi escrito nos anos 90.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Psiquismo

            Espirito inquieto, insatisfeito, inconstante, revoltado, confuso, que revolta o pensamento. Profundidade com ‘P’.


            O sentir do teu íntimo, constantemente. Aperceberes- te do que se passa à tua volta, passivamente.


            Pensar, com ‘P’, o quão fútil ele é. Aceitar-me como sou, integrar-me no mundo. Esquecer o meu mundo. Passar o tempo. Expor os meus ideais. Vencer. Lutar. E sobretudo ser livre. Sou livre. O fim é certo. A vida é banal. O nascer é especial. Propor-nos um fim. Sentir-se seguro.


 


 


OBS:  Este artigo foi escrito no ano 90.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pretender

            Eu sou ‘eu’, ou possivelmente eu não sou ‘eu’. Eu sou outro, mas só às vezes. Por vezes sou aquele, ‘o cantor’. Por vezes não sou, sou outro: ‘o tímido’; mas só às vezes. Às vezes sou quem não sou. Outras vezes não sou quem sou. Ser quem sou é ser outro. ‘O’ outro ser que me quer possuir. Possuir é existir e existir é ser quem sou. Sou o que sou, para ti, não sou para aquele, serei para o outro, mas não sou para mim. Gostava de ‘ser’. ‘Ser’ o que será? Ter ser? ‘Ser’, ideologicamente, é ser, para mim, assim, mas não para outro ser. ‘Ser’ é estar. Estar não é parar, é lugar. Se em lugar de ser eu, eu for, eu sempre sou. Cantor já não sou. Sou quem tu quiseres. Não gosto de ser, gosto de estar, estar com o meu ser. Estar não significa que se seja ou vice-versa. Que seja eu então…ou o que tiver de ser.


 


 


 


OBS: Este artigo foi originalmente escrito nos anos 90.

domingo, 14 de abril de 2013

Mártir

            Poderei eu ser um mártir? Defendo algo muito difícil de definir, defendo os meus ideais que julgo desde sempre serem puros, a favor do equilíbrio por exemplo, a favor do bom senso, da empatia, a favor da defesa da beleza deste mundo que é prejudicado por almas que não sei porquê mas nasceram com um espirito de destruição, de competição desenfreada, longe da harmonia e da paz de espirito, num mundo humano onde a teia dos ideais, das ideias, das palavras, dos conceitos estão entrópicos; admito que os números são excessivos, a população, admito que posso estar a mais, e, se me tivessem dado a escolher, não quereria ter nascido decerto, se bem que fico glorioso quando sinto um bem-estar que não nego, e que me pode suceder, pelo menos por enquanto. Quando falo em ideais puros não significa que eu sou puritano (por exemplo), no sentido de querer dizer que sou contra o sexo por prazer, que apenas deve servir para procriar, mas também não defendo o contrário; não defendo que o casamento deve ser para toda a vida mas também não defendo o contrário - a natureza, tudo o que tenho aprendido sobre ela me diz que não há leis absolutas, muito menos as dos homens o serão com suas culturas feitas como que para deleite de alguns e abominação de outros, e me parecem, muitas vezes, injustas (e não me cabe a mim destrinçar sobre quem são os injustos e os injustiçados, tenho as vistas muito curtas para perceber essas coisas); as leis do homem não estão acima das do mundo e do Universo -; por consequência, não significa que defendo a religião cristã, ou, muito menos, a igreja, mas, não quero dizer que sou contra ela também; substancialmente penso que tudo em si tem algo de bom que se aproveite em maior ou menor grau, em maior ou menor quantidade de bem, pena que o mal, por mais pequeno que seja manche todo o bem facilmente. As leis dos homens são regras que alguns conseguem respeitar e tê-las a seu favor contra outros cuja natureza ou o fato de serem néscios, aliados ao desconhecimento dessas regras os leva a viver em stress numa luta desigual, a meus olhos, que jamais poderei defender; ou então sou eu que estou enganado acerca das leis deste mundo, e então serei eu um mártir? Pessoalmente, sofro por estar fora ‘dessa’ cultura, sofro pela injustiça de não me deixarem ser livre, sofro e vivo por um ideal ou ideais que não querem ser aceites, sofro pela contrariedade a que fui submetido e sei lá que mais poderei exponencialmente dizer, poderei eu ser um mártir então? A questão não está se eu gostaria ou não de ser um, mas reside na forma como a minha vida foi encaminhada, parece-me que no caminho de um mártir, operador de grandes mudanças mesmo que a causa dessas mudanças não se vejam; a vida chamou-me desta maneira, parece que me pede para me reencontrar aqui, como estou fazendo agora, para fazer coisas e estar em sítios que na verdade não deveria estar, não queria estar [Talvez, decerto, eu prefira o isolamento ao sofrimento da minha vida social onde tudo parece querer cair-me em cima na maioria dos dias, como aquela canção de Rui Veloso – Não Há Estrelas no Céu]. A minha mente abriu-se ao mundo talvez desde que fui concebido - sei que é especulação, mas talvez tudo o que nós somos começa lá longe, no passado, sinto-o [note-se que o ‘talvez’ é uma palavra muito importante para mim assim como é o relativismo das coisas, estou longe das certezas deste mundo cientifico de causa-efeito, deste mundo de objetividade em que tudo se pode explicar, não querendo eu ser propriamente apologista do ceticismo; sinto-me como um mediador de todos os extremos isso o digo com toda a certeza, essa é a certeza que me rege, esse é o equilíbrio pelo qual eu sofro também] -. Admito que existe em mim esse sentimento de querer ser um expoente máximo e ao mesmo tempo ser humanamente impotente perante a imensidade do que nos/me envolve, perante aquilo que pensamos/penso controlar mas na verdade não controlamos/controlo. Não tenho dúvida que atrás desta ‘mente aberta ao mundo’, o motivo de eu ter seguido a vida desse modo, está algo ainda indefinível e subjetivo, algo ainda incompreensível para explicar o porquê eu ter nascido com estes sentimentos, por ter seguido este caminho que segui e não outro, por não ter convergido no meu ser, mas, pelo contrário, precisamente, ter divergido no meu caminhar, no meu pensar. Por vezes sinto-me capaz de tudo, sonho acordado que o futuro me há - de correr bem, que hei - de ter sorte… e dou por mim a ter a autodescoberta de que afinal tudo o que peço agora, já o peço, repetidamente, desde bem pequeno, talvez até antes, onde a minha memória sentimental não consegue alcançar (por enquanto pelo menos). Quero mais. Quero viver. Quero viver de acordo com o que acredito, e não consigo aceitar que não posso mudar o mundo a meu bel-prazer, eu não sou Deus para mudar o mundo e transformá-lo ao meu ideal, que penso ser o verdadeiro. Há quantos anos eu sonho com a liberdade do meu espirito, com a paz dele, liberdade e paz, paz e liberdade, será isso uma utopia ou serei decerto um mártir? Aqui estou eu no mesmo sítio de sempre, esta é minha vida, estes são os meus sonhos de sempre, mudarei eu? Mudarei ainda? Serei feliz, ainda que de outras maneiras? Satisfarei o desejo de mudança para melhor? Ainda não me cansei de fazer estas perguntas de modo que acho que ainda me projeto no futuro.


            Já que estou aqui neste ponto, deste Post, e, mesmo, deste blog, ainda vou falar na minha fisiologia e fisionomia e na grande contribuição que têm para que tudo se passe como tem passado na minha vida, talvez na contribuição do caminhar de um mártir, poucas vezes abordo esses lados da minha vida e que na verdade sei que são a causa de tanto atrito nestes problemas que abordo. Mas devo dizer alguma coisa agora, mais alguma coisa, agora: Não, não diria que fui amaldiçoado, sendo eu um monstro, não, efetivamente fico feliz por não o ser, e não desprezo a figura mais feia que ande por esta terra, aceito que há feios e bonitos mas devo constatar a minha situação e ver em que ponto estou desses extremos; efetivamente, já fui mais jovem e sentia-me bonito, não me considero velho mas tenho que aceitar que já não tenho 20 anos e que o horizonte não está aberto à minha frente, ilusionantemente; Apesar de não querer ser imodesto, posso dizer que me sinto uma pessoa de aparência normal, ou melhor deveria sentir-me assim a maioria das vezes, mas, algo se passa que não me deixa sê-lo (e afinal tudo isto também esta relacionado, ou seja, o que somos psíquica e fisicamente está relacionado entre eles); tenho reparado em mim mais atentamente de há poucos anos a esta parte, e tenho reparado coisas fisiológicas e fisionómicas que me têm feito sentir de tal maneira que me levam a escrever muito do que escrevo neste blog, tenho reparado na mudança de maneiras de estar das pessoas que me envolvem onde quer que esteja, já para não falar quando estou com a mente alterada - bem, mas isso dá outro tema; Sempre tentei autoestimular-me, pelo menos até certo ponto da minha vida, tendo pensamentos do tipo ‘sou bonito’ (tal como o fazia em relação a autoestimular a minha força de viver ao pensar ‘sou capaz’, ‘sou [uma pessoa] normal’), ainda tenho recordações que vêm lá do fundo dos sentimentos antigos, onde eu sentia que estava a ser alvo de atração física, sinto que havia capacidade de impressionar com o meu jeito de ser, com o que eu era, afinal, era jovem. Mas, há medida que me vou redescobrindo e montando e entendendo o puzzle da minha vida, eu não era um jovem normal, e sei agora que todo um peso recaia sobre a força da minha juventude e que o levava penosamente, mas, sempre com fé, sempre confiante, de que havia de ser forte além de forçosamente tentar disfarçar e ignorar aquilo que sentia, que não estava bem [o quanto eu fui forte, vendo as coisas como eu as vejo agora, como o sentimento da vida me apelou a viver tão fortemente, e, apesar de tudo, o quanto a vida me foi generosa para que eu vivesse e o quanto algo me apelou para que me esforçasse a seguir de algum modo, porque não se pode voltar atrás, nunca]; O mundo de hoje tem muita pessoa bonita, o padrão de beleza elevou-se, não o posso negar, e acho que muita gente está de acordo comigo e isso é um verdadeiro atrito para quem não tem os padrões mínimos que esta sociedade ‘exige’, é um problema mesmo, tal como o é para mim de muitos modos - explicar em poucas palavras todo este tema que se passa é complicado, e diria mais: ‘impossível em poucas palavras’, por isso não me vou alongar nele, se bem que, admito, rodeio o assunto na tentativa de encontrar melhores ideias com que me possa exprimir; as pessoas estão mais bonitas, pelo menos no ‘mundo mais rico’, digamos assim, as pessoas nascem com menos atritos psíquicos, nascem num berço de ouro por assim dizer, têm a sorte de ser bonitas, de terem um psíquico normal, digamos assim também, e isto tende a tornar-se uma norma, quer a gente veja isso dessa maneira ou não, além disso, os trabalhos são-lhes menos penosos fisicamente o que preserva o físico, e mais, o mundo tende a consciencializar-se de cada individuo deve tratar-se bem, falando de um modo popular, e para mais ainda, o mundo televisivo influência tudo isto, a propaganda da beleza e do bem-estar, com o seu grande poder de encaminhar as atitudes das pessoas, um poder que ainda nunca lhe pude ver a verdadeira dimensão na minha alma, no meu entendimento; desafortunados dos que nascem feios ou fora da norma, como sempre, o atrito, para eles, é sempre maior, e eu serei um deles, fora da norma, marginalizado, quando não marginalizado diretamente, indiretamente, e vou tentar dizer porquê da melhor maneira que puder e com a maior brevidade que conseguir: as ansiedades tomaram conta da minha vida, de tal modo que a minha entrada na vida adulta não foi nada fácil, apesar da força enorme que tive para suportar e levar tudo adiante, como já disse neste post e neste blog [não posso cansar-me de dizer tais coisas, não podem ficar por serem ditas, mesmo que me repita, desculpem o inconveniente]; estou a falar de fisionomia e fisiologia não é? Da minha… tenho pele clara, e a partir de certa altura da minha vida toda essa ansiedade que se acumulou devido a motivos que falo neste blog culminou numa explosão de rubores – tento imaginar o porquê de tudo se passar deste modo comigo constantemente, naquela altura eu descontrolei completamente, pelos meus 18 anos aproximadamente – Digo também que devo ter uma fisiologia muito própria, porque será que o sangue aflora deste modo à flor da minha pele(?), pergunto-me constantemente; Não sei porquê, meu sangue deve estar alterado, imagino, nele deve correr muita informação química que faz transparecer todo o ser que eu sou [e o ser que eu sou é sensível, delicado, estes são dois conceitos fortes que o definem, e é magnificamente belo como tem suportado as adversidades], isto deve de ser de tal modo estranho para muita gente, ouvir falar disto, que lhes deve parecer tolo, eu sei, essa gente não sabe o que é isso, tudo o que está relacionado com isso; A verdade é que tal - não quero descrever isso que se passa, porque me dói, dará para compreender? -, é fator de discriminação em muitas áreas da vida onde eu não devia estar e me tenho encontrado com elas; consigo ver situações e situações onde o olhar das pessoas dizem o que pensam, ‘n’ situações, consigo sentir o senso comum (o sentir comum) de incompreensão, reprovação, a maldade com que tantos deixam fluir seus sentimentos, as palavras que não conseguem conter, o descontrolo que toma conta de uma coisa que não querem aceitar, de sentimentos que até podem ser de superioridade e de gozo para com a minha pessoa - não posso defender os que são como eu, porque não tenho poder, porque não sei onde eles estão... – Enfim, conseguiram fazer-me mal por eu ter algo que não controlo, que não me passa com o tempo como se fosse uma bebedeira que o tempo cura e me aflige frequentemente, demasiadamente frequentemente, e, tal é a superioridade deles perante mim, que me tornam num bode-expiatório, um mártir, restar-me-á fugir? Para onde? Esconder-me? Enfrentá-los na sua incontável maioria? Lembro-me de, primordialmente, não compreender tais situações como se eu fosse um estranho em mim mesmo; posso dizer que, como pequeno exemplo, mesmo hoje a minha cor foi alterada pelo sol que apanhei, que ao invés de me dar um ar bronzeado me queimou e avermelhou o pescoço [que será dos albinos?] e não jorrou a face e o resto do corpo porque tinha boné e as roupas a tapar; Penso para mim, ‘não tenho uma doença demarcada e ao mesmo tempo várias falências tendem a aproximar-se de mim, com as quais eu luto constantemente’  - Black legend – You See The Trouble With Me. Imagino que muitos perguntem como pode o rubor, e o descontrolo dele e da pessoa que o incorpora, alterar a vida dessa pessoa, de tal modo, que seja tão doloroso viver (?) Mais ainda, como pode a minha fisiologia, descontrolada, noutros aspetos também contribuir para o meu martírio, ainda para mais? Pergunto-me. Que complô de destino é este? Porque não me aceitam como sou, e não faço eu o que posso simplesmente fazer, sem ter que andar neste sofrimento que tende a prolongar-se? E se eu jogar no euro milhões (?) e puder ser sortudo e viver em paz como desejo, passar a ser um felizardo anónimo, porque não pode ser de outra maneira. Que um raio de sorte me caia sobre o meu ser. Continua sonhando, continua…


            Sintetizando: O meu ser é uma relação entre um psíquico extremamente ativo, uma mente não satisfeita, uma ansiedade que teve um pico muito alto, que me levou a andar nesta corda bamba desde tal colapso, com uma fisiologia alterada (não me referindo com isto a que sou excessivamente gordo) em interação com o psíquico alterado, baseando-se no fato principal de eu ter pele clara, aflito com rubores incompreensíveis, tendo eu ‘atingido’ entretanto patamares de conhecimento que supostamente não era para ter atingido, e, adquirindo, assim, um autoconhecimento de que tais rubores e ansiedades me estavam a destruir, a compreensão de que estava e sou marginalizado por eles, e quiçá me irão destruir paulatinamente, corroer as minhas fundações que me seguraram até aqui, porque não se pode vencer o mundo, as regras do mundo [malditas regras diria], a regra da sociedade, ou eu tenha muita sorte e veja o caminho certo a seguir sem grandes problemas.


 


 


 


 


 


 


            Este texto foi escrito ao som de:


 


1. Pet Shop Boys - It's A Sin (5:01)


2. Peter Murphy - Cuts You Up (5:28)


3. Roxette - Listen To Your Heart (5:14)


4. Roxy Music - Take A Chance With Me (4:43)


5. The B-52's - Roam (4:54)


6. Chicago - If You Leave Me Now (3:56)


7. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:59)


8. Bee Gees - Massachusetts (2:22)


9. Mike + The Mechanics - The Living Years (5:31)


10. Peter Cetera - Glory Of Love (4:20)


11. Prefab Sprout - When Love Breaks Down (4:06)


12. Queen & David Bowie - Under Pressure (4:05)


13. The Korgis - Everybody's Got To Learn Sometime (4:17)


14. Toni Childs - Zimbabwe (6:18)


15. Whitesnake - Here I Go Again 87 (4:33)


16. Whitesnake - Is This Love (4:42)


17. Will To Power - Baby, I Love Your Way / Freebird Medley (Free Baby) (4:07)


18. Yes - Owner Of A Lonely Heart (4:25)


19. Bee Gees - Tragedy (5:01)


20. Pink Floyd - Another Brick In The Wall, Part 1 (3:45)


21. The Eagles - New Kid In Town (5:05)


22. The Pretenders - Brass In Pocket (3:06)


23. Simon & Garfunkel - The Sound Of Silence (3:03)


24. Scott McKenzie - San Francisco (2:58)


25. ABBA - Chiquitita (5:26)


26. Los Bravos - Black Is Black (2:56)


27. Mungo Jerry - In The Summertime (3:29)


28. Ritchie Valens - La Bamba (2:07)


29. Roxy Music - Love Is The Drug (4:09)


 


1. Propaganda - Duel (4:46)


2. Roxy Music - More Than This (4:06)


3. Soul II Soul - Get A Life (3:43)


4. Stevie Nicks - Rooms On Fire (4:33)


5. Talk Talk - Life's What You Make It (4:28)


6. Talking Heads - And She Was (3:39)


7. Ziggy Marley And The Melody Makers - Look Who's Dancing (5:00)


 


1. Jim Diamond - I Should Have Known Better (3:38)


2. Marillion - Kayleigh (3:33)


3. Baby D - Let Me Be Your Fantasy (3:55)


4. R.E.M. - Mine Smell Like Honey (3:12)


5. Rui De Silva - Touch Me (3:28)


6. JX - Son of a Gun (3:13)


7. New Order - Touched By the Hand of God (3:43)


8. The Original - I Luv U Baby (3:28)


9. 11 I Love Your Smile - Shanice (4:22)


10. Roy Orbison - Blue Angel (2:47)


11. Robert Miles - Children (4:01)


12. Eros Ramazzotti - L'ombra Del Gigante (4:41)


13. Capella - Move It Up (3:59)


14. David Guetta - Titanium (feat. Sia) (4:05)


15. Fun Factory - Take Your Chance (3:56)


16. Industry - State Of The Nation (4:25)


17. Dilemma - In Spirit (3:37)


18. U2 - Walk On (Single Version) (4:11)


19. Lenny Kravitz - Stillness Of Heart (4:15)


20. Marillion - Lavender (3:40)


21. Lionel Richie - My Destiny (4:48)


22. Rick Astley - Together Forever (3:26)


23. Black Ledgend - You See The Trouble With Me (3:29)


24. Black Machine - How Gee (3:28)


25. Faithless - Insomnia (3:33)


26. Lenny Kravitz - Are You Gonna Go My Way (3:31)


27. Kaoma - Lambada (Single Version) (3:29)


28. Pete Heller - Big Love (Big Love Eat Me Edit) (2:40)


29. New Order - Regret (4:08)


30. Benni Benassy - Benassi Bros Ft. Sandy / Illusion (Sfaction Mix) (3:33)


31. Kim Wilde - You Keep Me Hangin' On (4:15)


32. Bros - When will I be famous (7" Single version) (4:01)


33. Juventa - Only Us (8:15)


34. Corona - Baby Baby (Lee Marrow Radio Mix) (3:01)


35. Everything But the Girl - Missing (Todd Terry Club Mix) (3:30)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Obra existencial

            Que sente um homem que vive aprisionado? Haverá a existência e separação do ‘bem’ e do ‘mal’? Como é a ‘relatividade de tudo’ para uma pessoa e para a humanidade em geral, e, de que forma estão as emoções relacionadas com essa relatividade e também com o conhecimento e sabedoria? Como um homem pode ser especial se vive aprisionado e não é conhecido? Será possível a todo e qualquer homem atingir muito conhecimento e sabedoria? Serei eu um fanfarrão que se auto -intitula conhecedor e sabedor? [Mas podem ter a certeza que sou apologista do saber e do conhecer]. Estarei eu mesmo aprisionado ou tudo será fruto da minha mente? Serei eu um marginal neste mundo? Se o for, será esse o motivo que me torna especial? De onde me vem esse desejo de ser especial? Porque não posso ser ao mesmo tempo especial, livre e feliz comigo mesmo e com os outros? Porque a maldade da destruição me quer atingir? Porque há uma força que me quer levar ao abismo e outra me quer levantar quando me prostro ou o mal me atinge? Perguntas e mais perguntas. Sim, já me disseram numa ‘expressão ortodoxa’ que eu era ‘ótimo’, devo ficar feliz por isso, e não, não foi, nunca, da boca de meu pai (efetivamente da minha mãe já ouvi elogios). Ele, a causa de eu estar aqui e agora, neste contexto, com esta forma e feitio, tenho quase a certeza que foi isso. Terei algum complexo de édipo? Na! Não me parece, invenções e mais invenções de teorias que querem explicar objetivamente aquilo que não é explicável, a psique humana, o comportamento humano, que me querem julgar erradamente. Como explicar a emoção humana? A ligação emocional entre os seres? Não quero acreditar que tenha de me queixar de quem me devia amar, sinceramente, nem queria absolutizar todo esse mal (é forte a palavra ‘mal’, admito), pelo menos não queria absolutizar toda essa real indiferença da parte dele (‘indiferença’, essa é a palavra mais suave e que se engloba melhor no contexto de que estou a falar). Vejo quem chora a ausência física de um pai que foi perdido. Vejo tristezas por não se ter nem mãe nem pai. Vejo tristezas por se ter sido abandonado. Não fui nem tive tais coisas. Mas, vejo-me, a mim, aqui, magoado, por ser quem sou, por, apesar de ter um pai e uma mãe, no entanto, um pai sem sentimentos, cheio de falsidade, enganador, realmente sinto - me enganado e usado, e só eu sei o porquê. Meu pai projetou-se no futuro com sua maldade mais intrínseca, incapaz de pôr o interesse do seu filho, futuro do seu futuro, na devida importância. Ainda vejo o momento fulcral de seus olhos chispantes a rogar-me um mau futuro, indiretamente, essa tal ‘indiferença’ que o carateriza contra uma criança que se pode resumir a esse primordial momento que compreendi o meu futuro, em que eu me projetei ate estes momentos que tenho passado agora. A História deve estar plena de casos como os meus; sei que a bíblia, por exemplo, aborda a eternidade de toda a história do homem que se repete vezes e vezes sem fim, exemplos e mais exemplos de lutas de pais contra filhos, ou ainda de um ‘bem’ contra ‘um mal’, quer isso se dê a nível familiar ou extra – familiar. Penso que também relata a eterna luta animalesca do mais forte que derrota o fraco na realidade que é este mundo. -Gostaria, do fundo do coração e da minha vida, que se rompesse toda a coerência da história do mundo, uma vez a minha existência ter irrompido nos paradoxos do mundo, eu que nasci fraco e revoltado, seria uma obra existencial que talvez nunca tenha acontecido se os fracos (inteligentes, conhecedores e sabedores) do lado do bem e da razão irrompessem do vazio da existência e derrotassem os fortes do lado do mal !!! Talvez ai o mundo se tornasse melhor - Enfim, uma utopia, que leva a considerarem-me louco, certamente, ao ir contra os desígnios da existência deste mundo, desta terra. Assim, no entanto, esta foi a minha possível vida, este terá sido o passado menos mau que pude ter e só tenho de aceitar. Será que faço de meu pai o bode expiatório da minha situação? Não creio, e é tão difícil explicar, exprimir o porquê de ser assim, mas eu sei-o (o ‘porquê’) e mais ninguém, eu sinto-o desta maneira, e custa-me imenso se tiver que morrer com este sentimento, no vazio, atingindo o nirvana sem o gosto da verdade justa. Terá que ser assim?! Anos e anos a ‘falar tristeza’, a redescobrir o meu passado, a entender que afinal tudo tem sido mais forte do que eu, querendo mudar o mundo, a expectar a mudança do mundo para comigo, porque eu me tenho sentido impotente para mudar. Talvez num desperdício de tempo, nos olhos de muitos, sempre assim, faz anos, cansado, agora, pelo tempo, pensando que esse ‘tempo’ estava do meu lado, será que não está? Pensando também que meu pai estava do meu lado, uma ilusão, enfim que tive que ter para crescer, neste mundo de promiscuidade e falsa retidão nas ações, enganado pela própria existência – generalizando, falsa retidão dele assim como daqueles que são egoístas, egocêntricos e que absolutizam o seu seres, seus corpos e as suas vidas, não aceitando o fim de tudo, fazendo crescer o mal neste mundo superlotado. O fim aproxima-se dele, se bem que pode aproximar-se de mim primeiro, contudo sempre o disse e senti: ‘Não tenho medo da morte, mas sim, do sofrimento’, e apesar disso, sinto-me a sofrer constantemente, senão, certamente, não estaria aqui, neste blog, transmitindo o que transmito, sempre com a esvanecente esperança de que ainda hei - de ser feliz. E agora digo mais, tenho imenso receio da injustiça perante a minha vida, por isso, agora, também procuro a justiça – E, procuro aperfeiçoar o entendimento desse conceito, a ‘justiça’.


            Que aos bons chegue o bem, e que eu saiba quem me envolve por bem, se me for permitido.


Escrevi isto ao som de:


 


1. Paul Young - 02 - Everytime You Go Away (4:25)


2. Johnny Hates Jazz - Turn Back The Clock (4:32)


3. 15 - Bonfire - You Make In Feel (4:44)


4. Simon Climie - Dream With Me (4:50)


5. Sydney Youngblood - I'd Rather Go Blind (4:17)


6. 01 - Jennifer Rush - Power Of Love (6:02)


7. Cock Robin - When Your Heart Is Weak (4:40)


8. Marc Cohn - Walking In Memphis (4:17)


9. Climie Fischer - Love Like A River (4:24)


10. Jon Secada - Do You Believe In Us (4:00)


11. Jennifer Rush - A Broken Heart (4:09)


12. Talk Talk - 15 - Such A Shame (5:43)


13. Mike & The Mechanics - 13 - A Time And Place (4:51)


14. Maggie Reilly - 02 - Everytime We Touch (4:04)


15. Richard Marx - Angelina (4:07)


16. Phil Collins - 10 - Long Long Way To Go (4:21)


17. Phil Collins - I Wish It Would Rain Down (5:29)


18. F.R. David - Words (3:35)


19. Celine Dion - 07 - Where Does My Heart Beat (4:30)


20. Marillon - No One Can (4:37)


21. Richard Marx - Right Here Waiting (4:26)


22. A - Ha - The Sun Always Shines On Tv (5:08)


23. Phil Collins - 01 - Do You Remember (4:38)


24. Frankie Goes To Hollywood - The Power Of Love (5:30)


25. Richard Marx - 13 - Chains Around My Heart (3:46)


26. Chris Rea - Texas (5:09)


27. Toto - Rosanna (5:31)


28. Roxette - Fading Like A Flower (3:51)


29. 11 - Peter Cetera - Glory Of Love (4:23)


30. Nik Kershaw - The Riddle (3:53)


31. Roxette - It Must Have Been Love (4:19)


32. Curtis Stigers - 01 - I Wonder Why (4:28)


33. George McCrae - Rock Your Baby (3:53)


34. Christopher Cross - Words Of Windsom (5:49)


35. Vaya Con Dios - What's A Woman (3:54)


36. Paul Young - Don't Dream It's Over (4:24)


37. Roxette - Spending My Time (4:37)


38. Spandau Ballet - How Many Lies (5:24)


39. Beverley Craven - 05 - Holding On (3:52)


40. M.C. Hammer - Have You Seen Her (3:55)


41. Fleetwood Mac - Dreams (4:18)


42. Mike & The Machanics - You Are The One (3:38)


43. Fleetwood Mac - Sara (4:38)


44. Eurythmics - Miracle Of Love (4:37)


45. Paula Abdul - 06 - Rush Rush (4:21)


46. New Kids On The Block - 16 - I'll Be Loving You (4:24)


47. Sonny & Cher - I Got You Babe (3:13)


48. Peabo Bryson & Roberta Flack - Tonight, I Celebrate My Love (3:32)


49. Huey Lewis And The News - World To Me (5:09)


50. Cock Robin - 05 - Thought You Were On My Si (4:19)


51. Billy Idol - Eyes Without A Face (4:12)


52. Mirjam's Dream - 13 - Take A Look At Me Now (3:56)


53. Vanessa Williams - 15 - Save The Best For Last (3:39)


54. Sandra - Maria Magdalena (3:39)


55. Lisa Stansfield - 07 - Change (5:39)


56. Richard Marx - Children Of The Night (4:45)


57. Fairground Attraction - Perfect (3:39)


58. Bad English - 03 - When I See You Smile (4:19)


59. Roxette - Queen Of Rain (4:53)


60. Shanice - 03 - I'm Cryin' (5:08)


61. Black - 08 - Feel Like Change (4:37)  

segunda-feira, 1 de abril de 2013

'Angelia' - o meu crescimento ao som de grandes músicas e do sentimento amoroso

           Cresci a ouvir músicas que me aprisionaram os sentimentos, ‘Richard Marx – Angelia’, esta foi uma das muitas músicas [muitas mesmo] que tanto me marcaram; elas fazem altivar os meus sentimentos no qual um é superior, o amoroso, nunca correspondido como deve de ser [talvez devido a tudo a que me vou referindo neste blog], fazendo-me viver num mundo de sonho que tende a tornar-se numa grande desilusão de acordo com as minhas expectativas sobre ele e sobre as pessoas, uma desilusão profundamente dolorosa. Lembro-me da minha infância onde as músicas me estavam na cabeça, as músicas como que me aprisionavam, sons novos, maravilhosos, vozes magníficas que eu pensava serem as melhores e decerto assim o foram, para mim em particular, tal foi a intensidade com que entraram na minha vida, querendo elas significar algo que eu procuro encontrar e compreender o melhor que posso; ainda hoje as músicas me cativam a minha atenção, tal como na altura, de tal modo como que não me querendo deixar viver para a frieza deste mundo humano que vem ate mim, ‘de um modo errado’, penso, não me deixando olhar para fora, fazendo transcender os meus sentidos, de um modo que, tal e qual este momento em que escrevo, em que eu estou transmitindo os sentimentos provocados por tais sinfonias que fazem o que eu sou hoje, que fazem que eu sinta como sinta. Realmente as músicas que mais me marcaram a maior parte do tempo são as românticas [e já abordei o tema do romantismo aí a trás noutro post], sabendo eu que isso me tem tornado um ser, digamos assim, ‘mole’, um ser que se encontra longe do modo de pensar nas maneiras de viver e sobreviver, longe da reatividade da vida, como que vivendo na passividade do amor, dos sentimentos do maravilhoso, da beleza do mundo que devia manifestar-se em mim e de mim para fora com grandiosidade e generosidade, quando, na verdade, eu sou proibido de manifestar isso. Quem me proíbe?! Talvez um destino que na verdade compreendo pouco e muito menos consigo explicar sobre ele; talvez esse destino me fez como me fez, como se me tivesse dito uma ‘bela mentira’ (beautiful lie) para que eu chegasse onde cheguei; mas o tempo é cada vez mais escasso e essa mentira já não serve, pelo menos de todo. Como tudo muda! Tal como eu talvez haja muitas pessoas que crescem a pensar que há uma norma a seguir, que há coisas que se mantêm por muito tempo, na verdade que depois de conhecermos as coisas do mundo elas se vão manter por uma eternidade – o quanto estamos enganados…-, na verdade, a dinâmica é muito maior do que se pensa [do que pensei], e, em particular, eu tive a sorte ou o azar ter nascido no século mais dinâmico de sempre [quero acreditar que foi mais sorte do que azar], e já vamos no 13º ano do século XXI, tenho a sorte de estar aqui e agora a falar para futuras gerações que compreenderão ou não o passado, o que eu estou a dizer, que terão ou não a sorte de viver num mundo equilibrado (pacifico e farto) ou pelo menos que lhes permita a sobrevivência como têm sido os anos em que eu tenho vivido dado o espaço que me foi atribuído e me cabe. A música, as vozes, mudam também mas o sentimento mantem-se: o sentimento do amor, amar e ser amado, pelo menos há um grande desejo que se mantém de poder sentir isso sem perder aquele que eu sou. Olho para o passado e vejo coisas más (que me aconteceram, me contrariaram indevidamente) que me entristecem porque não as posso mudar, mas vejo coisas boas que ganham grandes significados ao volver a recordá-las, vejo sentimentos genuínos dentro de mim que me transcendem e me fazem querer que vale a pena lutar por mais um pouco de vida, e levam-me a querer dar um sentido positivo à minha vida, apesar do atrito que me quer fazer parar e mesmo retroceder. A minha cultura musical reside nos meus sentimentos, e, eu reencontrei-a estes anos passados recentemente com a internet, músicas que me reavivaram a memória [e os sentimentos] e me levaram a perceber melhor a mim, o que me envolve e ate certo ponto os motivos de eu estar como estou e me querem elevar até às nuvens (take me to the clouds above). Claro que as músicas nos podem provocar um trance, eu não fiquei imune disso e sou sensível ainda, com menor intensidade, a isso. Redescobri que magnificamente elas me transmitiram sentimentos que só agora posso compreender ao reencontrá-las, compreender o porquê de eu ‘sentir como sinto’ (também titulo de um post que eu fiz lá atrás, podem procurar). Já alguma vez sentiste-te assim? Já alguma vez te sentiste sempre, sempre realmente assim (have you ever really feel like that)?! E com o reencontro delas eu retornei à minha inocência (return to innocence). Pergunto-me constantemente se não fui eu que fiquei parado no tempo, aprisionado, a querer resolver os conflitos e os impasses que eu sabia que estavam a ocorrer no meu crescimento, como que a querer parar o tempo também. Trago comigo meu passado e tudo ate onde o meu conhecimento, sabedoria e sentimentos conseguem alcançar. ‘Não ligues ao que as pessoas dizem, segue o teu próprio caminho, não desistas, não desistas, é o regresso à inocência’; ouve este som que é o som da tua libertação e salvação, tem isto em mente. Eu continuo vivendo observando as coisas simples (The simple things), como a alegria e o amor na minha vida.


            Este post foi escrito ao som de:


 


 


 


 


 


1. Eros Ramazzotti - La Nostra Vita (4:38)
2. Lionel Richie - Stuck On You (3:10)
3. Eros Ramazzotti - Adesso Tu (Single Version) (4:00)
4. Status Quo - Don't Stop (3:41)
5. Status Quo - Whatever You Want (4:00)
6. Lenny Kravitz - I Belong to You (4:17)
7. Lenny Kravitz - Again (3:48)
8. Eros Ramazzotti - Terra Promassa (3:36)
9. Status Quo - Rockin' All Over The World (3:30)
10. Eros Ramazzotti - Un' Altra Te (4:38)
11. Status Quo - In The Army Now (3:52)
12. Lenny Kravitz - Black Velveteen (4:48)
 
1. Boston - Higher Power (5:03)
2. New Order - True Faith (5:54)
3. Eros Ramazzotti - La Nostra Vita (4:38)
4. Keemo & Tim Royko Feat. Cosmo Klein - Beautiful Lie (Keemo's Terrace Mix) (4:22)
5. Alex Gaudino Feat. Kelly - Rowland What A Feeling (Extended Mix) (3:18)
6. Chris Brown & Benny Benassi - Beautiful People (Club Mix) (3:02)
7. Joy - Touch By Touch (2:59)
8. Guru Josh Project - Infinity 2008 (3:07)
9. J.C.A. - I Begin To Wonder (3:45)
10. Late Night Alumni - Empty Streets (5:39)
11. LMC Vs. U2 - Take Me To The Clouds Above (2:44)
12. Matt Cassar - 7 Days & One Week (Myon & Shane 54 Remix Edit) (5:23)
13. Supafly Vs. Fishbowl - Let's Get Down (3:06)
14. Sandra - Heaven Can Wait (3:24)
15. Bryan Adams - Have You Ever Really Loved A Woman (4:53)
16. Enigma - Return To Innocence [Long & Alive Version] (7:05)
17. Feargal Sharkey - A Good Heart (4:28)
18. Joe Cocker - The Simple Things (4:48)

Richard Marx ♫ Angelia ♫ Lyrics video






Memories of you and me
Tumble inside my head
The way that we used to be
Things that we said

No one has ever made me believe so strong
You left me to wonder
How did our love go wrong?

Angelia, where you running to now?
Angelia, got to make you turn around

I lie awake at night
Wait for the sun to shine
I still feel you next to me
Your lips on mine

Without a warning
You made our love a lie
When you said you were sorry
But you never told me why

Oooh Angelia, where you running to now?
Angelia, got to make you turn around

Maybe my love is in vain
Maybe you're the hurting kind
Can't take no more of this pain
I've got to get you off my mind
...get you off my mind

Tried to be what you wanted
I gave you all I had
Girl you left me with nothin'
Nothin' but a photograph

Ohohoh Angelia, where you running to now?
Angelia, won't you please turn 'round?
Angelia, where you running to now?
Angelia, where you running to now?
Where you running to now?











Fonte: Internet

Os créditos do video não são de modo algum meus  [mas uma vez que o sentimento foi aprisionado por este som sinto que devo retransmiti-lo]

domingo, 24 de março de 2013

Balada

          Balada, um termo relacionado mais com a música, nos dias que correm, com um tipo de música que poderemos de classificar como sendo mais calmo e relaxante, diria que até relacionado com o ritmo do amor. Além disso terá uma espécie de relação com a erudição, erudição, esta, que passa por uma maneira de sentir vasta e variada, apesar de auto – insuficiente, [– pessoalmente, passe a falta de modéstia, posso dizer que me sinto um erudito, dada a ‘erudição’ nesses termos, ou pelo menos já fui um, agora sem o sentimento emocional de outrora]. A balada está de certo modo relacionada com o Romantismo, que por sua vez, em certos tempos, teve como uma das principais características a melancolia, a melancolia caracterizada, na maior parte dos casos, pela ausência do amor ou pela insatisfação do sentimento amoroso, por (ou pelo desejo de) um amor não correspondido. Romantismo este que tem, por sua vez, que ver com poesia.


Permitam que transcreva uma balada, Poema de Augusto Gil, que faz parte da minha infância, transcrevo-a tal como está em:


 http://algarve-saibamais.blogspot.pt/2009/11/balada-da-neve.html


 


Balada da neve


 


 


Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
 Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.


 


 


Augusto Gil


          


 


                        A balada, para mim tem a ver com uma/a batida, que pode não ser forte no sentido auditivo, mas ela provoca em mim uma grande reação sentimental, e por isso tem, neste sentido, uma batida forte em mim. Estou a ouvir neste momento uma verdadeira balada musical: R. Kelly – I believe I can fly, na sequência com outras baladas, segundo a consideração dos decisores que escolheram esta sucessão de músicas que consideraram Baladas. A minha vida soa-me a uma verdadeira Balada, a minha Balada – não porei ponto de exclamação no fim desta frase, sinto que devo simplesmente afirmar. Também há um termo brasileiro para Balada [pois é, eu sou de Portugal] que significa algo como uma saída para a diversão, em particular de noite, no fim de encontrar um parceiro, uma diversão romântica, que pode dar em algo… E nesta aceção da palavra também já tive as minhas baladas, digamos que inglórias, ou dizendo de uma forma mais suave, infrutíferas, e nem me vou alongar sobre o ‘porquê’ disso, porque isso já foi dito imensas vezes noutros posts, e hoje nem estou para isso. Eu bem que quero mudar o discurso, e aproveitar, no entanto o melhor que tenho, mas é difícil. Mas, continuando, a Balada mexe com os sentimentos [música de Sinead O'Connor - Nothing compares 2 u]. A Balada mexe com as emoções, porque sentimos algo de especial, uma emoção especial, se exprimirá. A magia deu-se desde que eu nasci, e muitas baladas tocaram meu coração - músicas sem uma cara mas sons que eu analisava tão puramente na minha mente, não interessava de quem vinham ou o que esse músico era ou fazia, bonito ou feio inteligente ou não, não interessava, simplesmente eu sentia o som que marcava (e marcou) meu crescimento, ainda hoje me interessam pouco os videoclips apesar de estarem mais acessíveis para ver, na internet -. A música desde sempre a marcar o meu tempo e pergunto-me querendo obter uma resposta emotiva em mim, até que ponto mudou o mundo e as pessoas(?) mesmo que elas não saibam que música mudou o seu dia – a - dia, mesmo que eles não conheçam tal música. Já tive a oportunidade de dissertar sobre o que eu sinto sobre a música, em muitos posts abordo sempre o conceito ou a palavra, mas foi no post com o título ‘A música – que me acompanha, me acalma, me exulta e me esconde’, de 15 de maio de 2008 [5 anos se passaram, meu Deus, como o tempo passa depressa, e ao mesmo tempo devagar na eternidade do tempo], é só fazer a busca por ‘música’. [mais uma de Delta Goodrem – Born to try]. Porque me marcaram, poderiam perguntar (?). Porque em lugar de ser um humano que ignora as músicas da rádio e me concentro noutras coisas, eu, precisamente ‘aparentemente’ fiquei preso na rádio, em especial para hoje, nas Baladas que passavam, na esperança eterna de ser feliz e ter um mundo melhor, como continuo querendo como se não tivesse crescido e o tempo não tivesse passado. Digo ‘aparentemente’, que fiquei preso, porque na verdade talvez tenha sido o contrário, talvez seja ela (a música) que me liberta desta introversão, desta reserva e falta de expressão pessoal de que tanto abordo noutros posts, desta repressão a que algo ou qualquer contingência do espaço-tempo me quer submeter. [Siga outra, Tina Arena – Chains]. E eu quero acreditar que posso voar (‘I believe I can fly’), mas estou preso com correntes (I’m in ‘chains), ou então penso que nasci para ‘tentar’ (I was ‘born to try’), ou então, quando penso que algo fala para mim, que há um Universo que quer que eu tenha o direito à vida, diz-me ‘Nothing compares 2 u’, <<Nada se compara a ti>>, o quanto eu não ficaria feliz se eu fosse um ser especial, mas não queria sofrer. Mas, talvez, quem canta uma Balada, tenha que sofrer para a cantar, para a fazer. E de novo o Universo canta para mim, Frankie goes to Hollywood - The power of love.

R Kelly - I Believe I Can Fly





I used to think that I could not go on


And life was nothing but an awful song


But now I know the meaning of true love


I'm leaning on the everlasting arms


 


If I can see it, then I can do it


If I just believe it, there's nothing to it


 


[Chorus:]


I believe I can fly


I believe I can touch the sky


I think about it every night and day


Spread my wings and fly away


I believe I can soar


I see me running through that open door


I believe I can fly


I believe I can fly


I believe I can fly


 


See I was on the verge of breaking down


Sometimes silence can seem so loud


There are miracles in life I must achieve


But first I know it starts inside of me, oh


 


If I can see it, then I can be it


If I just believe it, there's nothing to it


 


[Chorus]


 


Hey, cause I believe in me, oh


 


If I can see it, then I can do it (I can do it)


If I just believe it, there's nothing to it


 


[Chorus]


 


Hey, if I just spread my wings


I can fly


I can fly


I can fly, hey


If I just spread my wings


I can fly-eye-eye-eye


Hum, fly-eye-eye


 


 


 


 


Fonte: Internet


Os créditos do video não são de modo algum meus  [mas uma vez que o sentimento foi aprisionado por este som sinto que devo retransmiti-lo]


terça-feira, 5 de março de 2013

Sonhos

                Talvez o sonho principal, da minha vida, desde sempre, seja o da procura do conhecimento e do saber, o que me leva a tentar escrever, para compreender, compreender a minha vida, antes de tudo, dado o grau de desordem (psíquico-mental/social) que se instalou nela a partir de certo momento. Sei que compreendo a minha vida cada vez mais, ou o tempo não passasse e esta mente não deixasse de trabalhar, constantemente, apesar de não conseguir dizer e explicar o que sinto como deve de ser, não direi nada de jeito, muitas vezes. Também, por causa deste mesmo ‘tempo’, quando compreendo as coisas já é tarde de mais, cada vez mais ‘tarde de mais’. Fui ferido e esventrado no meu orgulho, na minha dignidade e nas minhas ambições, não atingi a liberdade da independência de mim como ser (humano) físico e mental. Mas, tenho imensos sonhos, mais ainda do que muita gente possa imaginar, tanto projeto de sonho que nunca cumprirei, cada vez tenho mais a certeza disso, e, o certo, é que não consigo viver dos sonhos (Até pode haver quem consiga, mas eu como a maioria não consegue). Continuo, eu, como uma criança, a sonhar e a não conseguir entrar na realidade do dinheiro e/ou do saber fazer algo para o conseguir. Com os sonhos perco eu meu tempo, e também com esta escrita, aqui, afogando mágoas que ficarão algures na internet, sem nenhum significado, quem sabe (?), sem que eu consiga ouvir (algum dia) seu eco, que apenas se dá em mim mesmo, dentro da minha cabeça, enquanto eu existir. Deste modo, aperfeiçoei-me na arte de chorar o meu pranto, que nem uma carpideira, repetindo regularmente as queixas, soluçando sem fim, neste desgostoso ato que ainda não me levou a uma saída, nem talvez leve, por inerência de um destino que se aproxima a alta velocidade. Que seria de mim se não fosse a internet? Que será de mim se eu, um dia, não puder ter internet? A solidão alastra: tanto meio de falar e chegar às pessoas e eu não consigo falar com ninguém (simplesmente não consigo dialogar), como se um cancro tomasse cada vez mais conta de mim. Mas, prefiro que estes gritos estejam no nirvana da internet, do que ofuscados e abafados no vazio de umas folhas soltas, dobradas e amarrotadas pelo tempo, algures, no vazio de uma casa, relatando a loucura (considerem este ‘louco’ na maneira de ver dos outros, porque eu não me acho louco, sinceramente, mas sim, sofredor por causas alheias e que não me deveriam pertencer) de um ser que não quiseram que vivesse, que não pôde viver em liberdade e harmonia com o mundo. Quis eu, desde sempre, ser importante; sei, agora, que ser importante não é só ‘poder’ e/ou ‘dinheiro’, mas é amar e ser amado, (se bem que passa em grande parte por ai, e eu nem isso tenho, poder e dinheiro, poder e dinheiro…com que tanto sonho); Estou muito afastado desse real significado da vida (daquela normalidade com que sentia a vida), com que tanto sonhei e acreditei (mas acho que não devo dizer ‘em vão’, porque nada é em vão, apesar de não percebermos os significados e consequências das nossas ações, em ultima análise, da nossa existência); E, que significa esse ‘Real significado da vida’? Perguntam-me. Penso que passe por: o amor, uma relação saudável entre pais e filho (s), entre amados, entre amigos [de uma maneira geral, entre as pessoas que nos envolvem e nós]. Falo em ‘real significado’, porque não me é permitido defini-lo, não tive essa honra, a de ser um ser humano realizado para poder executar a obra da definição de tal significado, o real significado. A liberdade faz parte desse real significado. A minha vida é de solidão intrínseca, de crise existencial, e eu alheio-me deste mundo, quando ela quer tomar conta de mim: refugio-me nos meus prazeres da vida, a música por exemplo, o recordar quem fui, os sonhos que tive, o que senti ao degustar pela primeira vez tal sabor de tal comida, tal momento, entro no mundo dos sonhos das recordações, num mundo mental de sensações de todo o tipo (visuais, auditivas, táteis, olfativas, mentais, sentimentais etc.) e misturo tudo, eu comparo tudo, eu analiso tudo, eu tento encontrar respostas eu tenho imenso prazer quando encontro as causas dos efeitos que se deram, na minha vida em particular - Mas pudesse remediar eu essas causas… - As minhas sensações são visuais, predominantemente. Se bem que por momentos, não sinto essa solidão e algo ou alguém vem ao meu encontro para me dar um certo ânimo, uma lufada de ar fresco para continuar. Para um homem da minha idade, que tinha a pretensão do amor, era para ser feliz, e isso passa por estar em sintonia com o sexo oposto [mais um sonho]. Mas não, a minha vida é de tristeza por ter sido castrado psicologicamente faz tanto tempo, por me terem sido anuladas as minhas ambições, por ter sido ludibriado por adultos que me prenderam as minhas emoções, que jogaram com os meus sentimentos, enfim, pela minha origem, que talhou os meus caminhos. Se me for permitido, eu abomino as culturas de opressão. Eu vi o que é a liberdade, eu vi o que é a destruição, eu vi que ninguém é nada para parar o que quer que seja. Eu nasci em desvantagem, mas luto por ir mais além, sempre lutei, e para isso, conto com alguém, eu não sou ninguém estando sozinho (se bem que esta solitude tende a prolongar-se no tempo), não sou ninguém sem um espelho que fale comigo e me diga o que está a mudar em mim, o que sou a cada momento, eu procuro meu espelho, persigo os meus sonhos.


Estamos metidos nas malhas da economia, o dinheiro faz rodar este mundo, e eu sinto que não sou capaz de entrar neste mundo económico, sinto-me um inútil, que não sabe fazer nada. Nem ao escrever tenho sucesso, porque sou uma pessoa ordinária, no sentido de vil, maltratado e subententido, que nada mais faz, ao escrever, que pôr o dedo nas próprias feridas, gritando, sem que algo ou alguém me possa ajudar. Mas as feridas têm que sarar. A esperança é a última a morrer, os sonhos só acabam com a morte, a luta com a qual se firma a vida.