Personificação do medo, bode expiatório da vida de outros, é o que se é. Sugados até ao tutano, retiram-lhes todas as energias que possuem. Vampiros. Não conseguindo distinguir o bom do mau, o certo do errado, como se pode viver assim? Terá o homem culpa do que se é? Como se pode viver sem falar? Como se pode dialogar se na hora de falar não se fala, não se pensa, nada? Fujam das dificuldades, façam ver que tudo está bem enquanto puderem. O caminho é irreversível. É único. É difícil de compreender. Porque não choras, pequeno ser? Quem te proibiu de chorar? Porque querem os homens fazer de ti um louco? Porque és a personificação da loucura? Quem te roubou a paz? Porque parece que nada passa. Ainda bem que nada é eterno, o eterno desvirtualiza. Porque têm pena de ti? Será que têm pena de ti? Ou será que te odeiam? Ou será desprezo? Ou será tudo pelo contrário do que foi dito? Fantástico mundo de interligações, até onde se poderá ir? Estará a destruição iminente? Estará ela mesmo já a vislumbrar-se? Que mais há para se ver?
Quem ler o parágrafo anterior poderá ver uma escrita de loucura, um completo alheamento do mundo que nos rodeia, da realidade envolvente, uma completa marginalização e um certa aversão pelos homens. Quem ler o parágrafo anterior poderá ficar com uma ideia errada de quem o escreveu. Ele dá lugar ao pessimismo, à tristeza, ao ódio pelo ser humano. Quem poderá imaginar que já um dia se amou a humanidade, se teve um incomensurável optimismo? Quem não poderá magoar este ser sensível? Como é possível ser-se sensível?
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