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domingo, 6 de dezembro de 2015

Evolução



Mais de um mês se passou. O tempo passa de maneira diferente, à medida que o tempo vai passando. A força da juventude para o ultrapassar decai à medida que o nosso tempo passa, até ao ponto em que ficamos cada vez mais para trás na caminhada. A minha jornada já está em atraso em relação à atualidade, tenho a certeza, já faz algum tempo, e sei que o retrocesso irá continuar. Mas, julgo que da perspetiva do universo, o tempo está mesmo a abrandar, os sistemas do Universo estão abrandando. A terra cada vez gira mais devagar, para quem não ouviu ou pensou nisso a terra girava mais rápida há milhões e milhões de anos, já consegui absorver esse entendimento. O tempo urge, a intensidade com que o mundo humano se move é demasiada para o equilíbrio do planeta. A mudança está mais acelerada, isso é certo; o que vai acontecer, não sabemos ao certo, mas podemos ter a expectativa de que uma mudança tão repentina não é boa a médio ou longo prazo, falando a respeito do equilíbrio natural do mundo; muitos seres irão sofrer, em muitos casos para outros estarem (relativamente) bem. Deve ser previsível que a partir de determinado e incerto ponto no futuro mais ou menos próximo tudo começará a descambar em algo nunca visto, neste ‘big brother’, ao vivo. O meu desejo para o mundo foi o melhor, na minha simplicidade, com que nasci. Desejei o melhor para o mundo e para mim, como é evidente. Fui na procura, e continuo buscando, das forças que me fazem mover e fazem mover o mundo, tentar percebê-las. E é certo que vou entendendo a maneira geral como as coisas se relacionam. A deceção com o que me vou deparando é enorme. As pessoas são uma massa confusa. Agem de maneira errática, sem um propósito de futuro. E eu vejo o mal que elas encerram; sinto o mal delas à minha volta, eu próprio sinto despertar o que de pior há nessas pessoas que me envolvem, em vez de gerar o que de melhor há nelas; As massas não se controlam, assim como eu não tenho controlo sobre mim nessa força imensa com que o bem e o mal se digladiam. As pessoas são indiferentes, não têm tempo nem sabedoria para apreciar e saber agir segundo a paz, para viverem com inteligência. Este é um sentimento que tenho, não confio nas pessoas na vida real (porque na virtual ainda vou entendendo o altruísmo e a tolerância e o sentido de partilha, de informação que existe); oxalá eu ainda sinta que as pessoas não são todas iguais. É provável que o problema parta de mim e só me afete a mim e quem me envolve. Tenho um pouco de conhecimento de psicologia e comportamentos para perceber a ação e atitude das pessoas, compreendendo o que vai dentro delas, muitas vezes, ou só reparo no que devia ignorar, no que é mau nelas. Percebo agora que não as posso mudar. Muito pouco posso mudar. Como podem essas pessoas viverem a pensar que tudo o que se passa é um acaso, que esta terra se formou por sucessivos e imensos acasos favoráveis à evolução; como podem dissociar a ciência da Fé? Como podem ser indiferentes? Porque o mal age quando o bem se quer instalar?
            Não represento ninguém, contudo, a minha língua é a portuguesa e a minha terra mãe é Portugal; Sou um ser que procura ser feliz, mas que paradoxalmente quanto mais procura a felicidade mais o oposto força a que não seja feliz ou pelo menos impede que fique satisfeito com a vida, fazendo parte daqueles que se sentem do mesmo modo. Não queria influenciar negativamente o meu mundo e o dos outros e no entanto tenho esse efeito em quem não devia e que não sei como combater; Em quem devia ter o efeito de tocar não toco, ou talvez toque: os imbecis, os indiferentes, os malévolos, os assassinos, os guerrilheiros, os que lutam em nome de Deus, quando Deus não pede para lutar, burros, filhos do Diabo, que não agem para se defender, agem por pura maldade; terrorismo, guerras sem sentido, gente demasiada no mundo, falta de um senso de sabedoria, sei lá! A ilusão: do mal virtual, da errónea interpretação da vida; o simples mundanismo social a que o homem se entrega, formando ideais e culturas excessivas que jamais poderei compreender ou muito menos absorver; a maldade encoberta pela paz...; Talvez seja eu, a culpa em mim mesmo, que tive azar de não fazer parte da evolução, no sentido da melhor parte, de eu ser assim, como sou, insatisfeito, incapaz de viver normalmente, sem me questionar também, de não ser sensível a tudo, não aceitar o acaso. E no entanto, o mal tem de ser combatido, a paz tem de reinar, a sabedoria tem de conquistar os seres, a evolução é para o bem, por isso dizemos: <<evolução>>; somente.

sábado, 17 de outubro de 2015

Preocupações pessoais e ambientais



            A minha preocupação com o que se passa na minha vida é proporcional ao que se passa no mundo e no Universo, e proporcional à impotência que sinto pra mudar para melhor qualquer uma das anteriores situações. Tento compreender o que se passa, mas sei que não é o facto de compreender que muda as coisas em si, porque o facto de compreender é meramente o de observar com mais aproximação e verdade o que se está a passar, não significa que tenhamos a capacidade de controlar ou mudar as coisas. Um homem não é ninguém sem os outros homens, assim como qualquer ser nunca foi algo substancialmente potenciador de mudança sem pelo menos haver outros seres que o envolvem, sejam da mesma espécie ou não, além de todo um ecossistema que lhe permite efetuar mudanças; e até ao século passado ou séculos passados, talvez poucos milénios atrás, já com a existência do homo-sapiens, terá havido o pico da Biodiversidade, que acredito ser difícil de voltar a encontrar na história da terra [Tenham medo, pois a terra nunca mais será a mesma, por mais que tentem fazer ver que está tudo a ir para melhor, que o pior já passou, como que iludindo as crianças e os ignorantes – A matança continua, e a maldade, malícia, ganância do homem nos levará ao fim]. Assim é a terra, um ecossistema único onde a vida cria vida e a mantém pelo passar dos tempos, dos milhares de milhares de anos que fazem a história da terra. Estamos fascinados pelo poder da comunicação em tempo real, pelos Media, pela internet, pela tecnologia, numa cegueira desenfreada, não há quem oriente as massas no sentido de conservação da terra, da abnegação pelo poder de controlar desenfreadamente as mentes que estão zombies. Falar é fácil, mas fazer é muito mais difícil, incomparavelmente mais difícil, talvez não haja uma vontade clara no rumo que o mundo toma, e tudo segue ao acaso, mas um acaso medonho. Uma nova ordem se impõe, disso tenho a certeza, a fim de ainda salvar o mundo, de reduzir a nossa dor e a dos filhos que são amados. Os corações estão totalmente eclipsados pelo poder de exploração da natureza a que o homem foi capaz de chegar, e, ao mesmo tempo isso permite criar realidades supérfluas. Os problemas, quando não nos tocam, são sempre dos outros, como se houvesse sistemas completamente isolados, como se fossemos imunes ao que está longínquo, quando na verdade tudo está relacionado. Na minha mente, procuro pela resposta à questão se o homem tem o direito de usufruir da natureza para seu prazer, sem pensar nas consequências num futuro mais ou menos longínquo ou imediato, e a resposta mais justa que encontro é que se o homem tem o direito de usufruir, também tem o dever de cuidar e proteger, de permitir a renovação do ecossistema para seu próprio bem.
            E que tal se plantássemos árvores? Uma ideia que vem desde sempre, pelos conservadores e protetores da natureza, que faz todo o sentido e que significa abrangentemente: ‘Protege a natureza e te protegerás’. Porque existem cidades onde pessoas não sabem mais o que é a natureza, como funciona a natureza? Porque não nos viramos para o conhecimento da fauna e da flora, de uma maneira massiva, e tentamos proteger a natureza para nosso próprio bem, em vez de passarmos horas da nossa vida vendo filmes, galhofando das vidas alheias, criando ilusões, fantasias, novelas, inação saturada, doenças. Nada é connosco, é, por exemplo, com os governos…; Porque os governos não têm poder, porque não há um ‘bom’ poder? Será que o poder existe na verdade? O poder para proteger o interesse do equilíbrio da terra? É difícil… essa é que é a verdade. A teoria é uma, até pode ser boa, mas a prática é outra, difícil de implementar, e, mesmo assim, sem desculpa para não tentar.
            Pessoalmente, tenho um certo contato com a natureza, tento ter uma vida diversificada, dentro do que são as minhas energias e capacidades; sei que posso pouco, mesmo assim; as minhas habilidades sociais são curtas, mas a minha maneira de sentir o mundo é única, continuo acreditando nisso; e no fundo, sem ser egoísta por isso, preocupo-me imenso comigo e com a injustiça que me envolve, tentando libertar as amarras que de algum modo me tentam acorrentar, o desequilíbrio que se acomete comigo. 


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Glaciares estão a desaparecer a ritmo sem precedentes





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Citação:
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© NASA NASA / Reuters
Glaciares em todo o mundo estão a desaparecer a ritmos sem precedentes em 120 anos de registos científicos, segundo um estudo publicado hoje no bimestral Journal of Glaciology.

Paris, 03 ago (Lusa) - Glaciares em todo o mundo estão a desaparecer a ritmos sem precedentes em 120 anos de registos científicos, segundo um estudo publicado hoje no bimestral Journal of Glaciology.
Em média, os glaciares estão a perder entre 50 a 150 centímetros de espessura por ano, segundo a publicação citada pela agência France Presse (AFP).
"Isto é duas a três vezes mais que a média registada durante o século XX", afirmou Michael Zemp, diretor do Serviço Mundial de Monitorização de Glaciares e principal autor do estudo.
Mais de mil milhões de pessoas, especialmente na Ásia e na América do Sul, obtêm mais de metade da água que bebem do derretimento sazonal da neve e do gelo dos glaciares, segundo estudos anteriores.
O ritmo atual de derretimento dos glaciares a nível mundial não tem precedentes nos 120 anos desde que os cientistas começaram os registos, e provavelmente por muito mais tempo ainda, acrescentou o especialista.
Além disso, a perda acelerada de gelo criou uma dinâmica que faria com que os glaciares de muitas regiões do mundo continuassem a diminuir, mesmo se as temperaturas parassem de aumentar.
O recorde de perda de gelo no século XX foi observado em 1998, e já "foi ultrapassado em 2003, 2006, 2011, 2013 e provavelmente também em 2014", acrescentou Michael Zemp.
O Serviço Mundial de Monitorização de Glaciares compila os resultados de observações de glaciares de todo o mundo, submetidas anualmente por uma rede global de cientistas e observadores.
Lusa


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Eu não quero [paródia]



Ainda sobre o tema ‘Eu não quero’, uma paródia por Vasco Palmeirim na Rádio Comercial. Porque rir é o melhor remédio, muitas das vezes…