Setembro 2006
É domingo, todos os domingos são deprimentes para mim. Domingo é sinónimo de festa na tradição, e eu não gosto de festas. Eu estou
Setembro 2006
É domingo, todos os domingos são deprimentes para mim. Domingo é sinónimo de festa na tradição, e eu não gosto de festas. Eu estou
È um facto, pode ser uma repetição, mas o tempo passa, inexoravelmente. Da mesma maneira passam muitas coisas na nossa cabeça, muitas ideias, pensamentos e situações que avaliamos vezes sem conta. Às vezes parece-nos que passa depressa demais –quando por exemplo estamos bem dispostos e/ou a fazer algo que gostamos- , outras vezes parece que nunca mais passa, normalmente nas horas de sofrimento em que um segundo parece uma eternidade. Dou o tempo por bem ocupado quando consigo dormir bem. Já quando estou acordado não sei de que maneira será melhor passar o tempo. Daí que em casa o melhor que tenho a fazer é dormir. Penso, há tanta coisa que se podia fazer, mas não, o que me sabe melhor é dormir. Ou então pensar, pois é, penso muito, penso demais. É este meu pensamento que me mantêm lúcido e é ele que por vezes me parece levar à loucura. Penso compulsivamente. Assim como deve haver pessoas que falam compulsivamente - acho que o meu pai é uma dessas pessoas porque em presença de alguém tem sempre que falar - , eu sou um calado compulsivo, e simultaneamente um pensador compulsivo. E acho que tenho pensamentos magníficos quando sinto compreender a realidade que me rodeia, quando compreendo o meu passado, quando descubro ao mesmo tempo aquilo que sou e o motivo por que o sou. Mas sinto uma terrível insatisfação por não conseguir exprimir todo esse pensar, esse entendimento das coisas. E neste momento sinto-me apertado pelo tempo, ele a passar e as ideias não fluem, aliás como sempre que me quero exprimir. É terrível isto que se passa comigo. È uma sensação de estar a gritar bem alto e ninguém conseguir ouvir, como se eu estivesse noutra dimensão paralela aquela em que os outros andam, e que ao mesmo tempo não me vissem. Mas ao mesmo tempo desejo passar desapercebido. O meu organismo dispara quando alguém está a olhar para mim e quando ao mesmo tempo eu me consciencializo disso, como se tivesse medo de ser avaliado negativamente. É como se nesse momento eu deixasse de respirar. E com isso, na tentativa de suster a ansiedade é quando ela se agudiza.
E depois de uma página feita ( http://johnybigodes.planetaclix.pt/uma.h
'Somebody to love', amor: é o que todos procuramos sem findar, porque enquanto há vida há esperança, que a esperança prevaleça então, neste mundo virtual, ao menos que seja aqui, já que tudo lá fora é frio e pareçe não ter sentido.
Então até breve. Podem comentar.