Pergunto-me, quando comecei a sentir-me
ridículo, inadaptado, marginalizado;
Exigente
comigo. Meu querido bem-mais-próximo
foi quem intensificou essa característica que vinha comigo inatamente,
certamente, mas não só, penso. Estranho Mundo, estranha vida. Quando, na
verdade, me fechei ao mundo? Esse introvertimento foi galopante. Esse suster da
respiração prolongada que me elevava aos céus e me torna inapto nesta terra, a
abeirar os limites desta realidade, a aumentar as conexões com outras
virtualidades que influenciam uma realidade que se torna única, este trilho da
vida, este mundo repleto de visões e vontades que entram em fluência ou choque
nas suas extremadas posições para gerar o equilíbrio que ainda existe e que
permite que continuemos aqui, eu e vós. Apesar disso, o meu estado é indefinido,
indefinição traduz o que sinto. Vazio. Bloqueado num estado paranoico e perdido
no tempo, mas, ainda assim, vendo verdades que não poderão ser compreendidas
senão no devido tempo, sendo observado e julgado em praça pública, desta maneira.
Quando comecei a falar deste modo? Porque tudo me leva a falar desta maneira?
Porque não estou satisfeito onde estou? Em vez de convergir eu divirjo, bis,
bisa. Em vez de assentar naturalmente e consolidar o meu ser e a minha ação eu
estou a desfazer-me em pedaços, vislumbrando fronteiras do conhecimento, tentando
alcançar um estado de compreensão holístico do que existe, numa vida, a minha,
que sendo ínfima, se extrapola como algo que nunca aconteceu, como não poderia
deixar de ser para mim, sendo apenas uma transcendência rumo ao Nirvana, ao
nada absoluto, que gera tudo, e, enlouquece quem pensa ser algo; Entretanto, o
sonho ilusório acontece, dentro e fora de mim. Acontece quando se cria o que
quer que seja, o ato criador, de algo, tanto de um ideal como de algo concreto,
que ganha alma e asas para mudar o que tem de ser mudado. Nascemos sem
fronteiras, contudo, é-nos obrigado a criarmos fronteiras à medida que o tempo
passa e crescemos. Na verdade, sinto-me a ultrapassar fronteiras desde bem cedo,
sendo que mais mentais do que físicas, mas também, mesmo, físicas, quando em
paradoxo tudo me diz que estou mais aprisionado, quando esse ‘tudo’ é gente
gerida por misteriosas condutas, ‘misteriosas’ para mim, pessoas toxicas para mim,
nas próprias palavras deles contra os outros, nós, os que estão em minoria.
E se eu dissesse, agora, que tudo o que
digo pode ser uma ironia, uma metáfora, uma hipérbole, ou uma desconsideração
pessoal para aquele mundo sem regras e entrópico que está a acontecer, a minha
maneira de estar, mascarado, lançando achas para a fogueira, já que o Inferno
tem que acontecer na terra, parece-me. Descubram os verdadeiros culpados por este
estado de coisas, não culpem os que estão em desvantagem das mais variadas
maneiras. Encontrem e culpem; sendo
assim, então, olhem bem para dentro de cada um de vós (superioridades) que se
recusam a aceitar um Bem Maior, a culpa não pode morrer solteira, o suco da
verdadeira essência tem de ser extraído da humanidade; este é o momento em que está
para acontecer, tudo o indica, aconteça o que acontecer; achareis ou não aquilo que é melhor para vós; como se a humanidade
tivesse todos os direitos, mas mais uma vez biso, digo, bis, uns (têm) mais
(direitos) que outros. A estratificação social acontece desde sempre, tem de
acontecer, mas qual a nossa melhor posição em que não refilamos por estar nela?
Será a de topo? Mas que topo é esse quando significa concomitantemente
destruição, geral? Ou não…a última fronteira, que não se revela nem por nada.
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