Eu não
quero chorar pelo que passou de mau na minha vida, pelo que perdi, pelas
frustrações que tive e tenho, isso também faz parte da vida de muita gente, é
certo. Há muita gente em situações bem mais difíceis do que a minha ou de
outros como eu, há uma incomensurabilidade de situações das pessoas no mundo
para a qual eu não tenho resposta (nem outros a terão, apesar de querer sempre
dizer que é por isto ou por aquilo, querendo nós todos ser possuidores das
respostas, muitas das vezes); Muitos estão mal, uns por culpa deles ou dos que
os antecederam ou daqueles que os rodeiam, ainda; outros não conseguem
compreender o porquê de tudo se passar nas suas vidas tal como se passa. Se existe uma justiça, tantas vezes já
aclamada por mim neste blog, num pensamento metafísico, em que as coisas
acontecem por um motivo muito superior a nós, decerto tudo está no bom caminho,
todas as vidas não serão em vão, todo o sofrimento faz sentido, o que não
estará acontecendo se tal vontade não existir; A mim custa-me imenso pensar
que tudo o que acontece é mero acaso, que existem simplesmente coincidências,
sorte. De algum modo hei de recordar todos os bons momentos, todas as boas
sensações que tive para fazer forçar as más ir para de trás das costas; Ainda, quiçá,
muitas más recordações e sensações foram lições para o que sei hoje de bom,
aceito isso, e continua a ser assim, só tenho de aceitar e alegrar-me por isso ser
assim. Não sou hábil, é certo, sobretudo em exprimir-me, quer seja fisicamente
quer seja verbalmente, não tenho arte, não tenho habilidades mentais que me
permitam ser um ‘chico-esperto’, um especialista no que quer que seja; Talvez me
deva considerar possuidor de um espírito
diferente; Diferente, porque assim tem de ser, dado a minha fisiologia e
psíquico. Eu acomodo muito em mim sem extravasar. As dificuldades psicológicas
são muitas, sempre o foram, com a diferença de que agora eu vejo muito mais lá,
eu vejo de maneira diferente, eu vejo o que não pensava vir a ver um dia, eu
sei que há algo com que sempre sonhei e que se torna realidade, eu desejo que
assim seja. Eu esforço-me para continuar a viver, porque afinal ainda tenho
momentos de paz. Sigo envolvido na ilusão da internet que veio para
complementar muitas pessoas e que para mim foi uma necessidade de evasão da
solidão, tal como para muitas outras pessoas, diria mesmo que foi uma salvação
em muitos aspetos, foi uma ilusão que me ajudou a animar do desânimo em que me
encontrava; foi também, quando não mais, uma distração. Não quero construir
castelos na areia, se bem que temo que o faça, mas assim tem que ser, pelo
menos preencho o meu tempo. E não podemos desistir, quem vai por bem tem que
ter ânimo. Decerto as pessoas são todas diferentes, eu sou diferente e em
imensos aspetos da vida não posso competir com outras pessoas na vida real;
Muita dessas pessoas vivem não querendo compreender ou pelo menos tolerar quem
é diferente, e tanto pode acontecer com estranhos como entre família; a
inteligência é curta e a sabedoria diminuta, no entanto vencem o valor da
economia, do dinheiro, um mundo onde não consigo vingar, sem nunca me ter
faltado o essencial. É certo que somos seres emocionais, que as relações ‘ao vivo’
requerem muita segurança de quem somos, capacidade de estar naqueles momentos
em que estamos a viver, onde entram vontades, costumes, maneiras de ser,
culturas e mais; E aí temos que reagir, não podemos parar para pensar como o fazemos
ao escrever, calmamente; Tudo pode correr bem se conseguirmos ir ao sabor do
momento ou tudo pode descambar se as pessoas não interagirem, se o atrito se
instalar; O medo descamba, a irracionalidade toma conta do momento quando as emoções
fluem e falam mais alto, quando a mente deixa de funcionar corretamente. Pessoalmente,
sei que poderei ver melhor as coisas, agora, os obstáculos no meu caminho, mas
não sei até que ponto os poderei transpor. Tentei seguir o ideal da perfeição,
extravasei todos os meus limites para estar aqui agora. No entanto, nunca ouvi dizer
que ‘fizeste bem’ quando estava certo, um reforço positivo, de quem me devia
dizer que realmente estava bem, quando estava bem, porque na verdade nunca nada
está bem para quem não se digna de dizer que está bem, quando está bem, só por
querer rebaixar o outro, nesse sentimento egoísta de superioridade; O
orgulhoso, quem é ínfimo e simplesmente uma pessoa como as outras, o egoísta,
controlador, destrói quem devia amar, destrói a sua própria memória. Ninguém
pode suportar erros dos outros; A empatia, tolerância, solidariedade,
assim como o perdão só fazem sentido para quem compreende a situação dos
outros, desvalorizou um erro alheio sem intenção e esse ‘alheio’ aceitou a mão
amiga, se arrependeu. Apesar de ter a consciência limpa, de sentir que
sou uma pessoa que tende para o bem e para a pureza, dentro do possível,
inquieta-me profundamente a alma saber que tanta gente no mundo escolhe o mal
voluntariamente, praticam o mal conscientemente e prazenteiramente; Tenho muito
medo dessa gente de mal. Apesar de tudo eu não vou chorar, vou acreditar que
vou superar as dificuldades, de algum modo, vou ter mais dias de bem-estar,
certamente, nem que sejam simplesmente dias ilusórios.
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Frase de ânimo
Eu também sou vítima de sonhos
adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho,
porque a gente não pode desistir da vida.
Martin Luther King
domingo, 2 de agosto de 2015
Cientistas de todo o mundo alertam para perigosa aproximação de desastre climático
Vejam a noticia no site oficial: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-07-07-Cientistas-de-todo-o-mundo-alertam-para-perigosa-aproximacao-de-desastre-climatico
Transcrição:
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Quase 2.000 cientistas
iniciaram hoje em Paris um encontro de quatro dias para recordar aos políticos
que ainda é possível reverter o aquecimento global do planeta.
A
reunião ocorre cerca de cinco meses antes da data limite para o pacto histórico
de contenção de carbono.
"O
mundo encontra-se perante uma crítica encruzilhada", foi a mensagem que o
secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, transmitiu aos
académicos.
Enquanto
as nações se comprometeram a limitar o aquecimento global a dois graus Celsius
acima dos níveis da era pré-industrial, a investigação científica mostra que o
mundo está a atingir o dobro ou mais desse valor devido às atuais emissões de
gases de efeito estufa.
Concomitantemente,
os níveis das emissões acordados até agora não serão suficientes para o
objetivo da redução dos dois graus Celsius, alertou Ban Ki-moon, acrescentando
ser "necessário atuar com determinação".
A
reunião iniciada hoje na capital francesa servirá também para preparar a
próxima conferência climática da ONU, agendada para 30 de novembro a 11 de
dezembro, em que 195 países negociarão um novo pacto climático global.
Sob
o lema "O nosso futuro comum sujeito à mudança climática", a reunião
de académicos, provenientes de quase 100 países, irá reavaliar os conhecimentos
científicos mais recentes sobre os desafios climáticos e possíveis soluções
para sustentar o encontro iniciado hoje em Paris.
"Não
cabe aos cientistas dizerem aos governantes o que deve ser feito em dezembro,
mas sim iluminar as possibilidades a seguir", salientou o organizador do
comité científico, Chris Field, evidenciando sobre as diversas escolhas que
cada uma delas terá os seus "diferentes custos e riscos, assim como
oportunidades de contribuir para a robustez da economia e maior vitalidade das
comunidades".
Desde
2010 que se tem apontado para a redução das emissões de gases de efeito de
estufa que "até 2050 que têm que baixar cerca de 40 a 70%", sublinhou
o secretário-geral da ONU, alertando para a existente distância a que o mundo
se encontra do objetivo definido.
"Para
encurtar essa distância é fundamental ultrapassar as faltas de financiamento na
ciência, na tecnologia, na capacidade e na confiança", insistiu,
concluindo que a ciência contribui para colmatar as lacunas no conhecimento e
na tecnologia.
Por
sua vez, o responsável da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michael
Jarraud, alertou para a subida dos níveis dos mares e para as frequentes
subidas das temperaturas num globo cada vez mais sobreaquecido, dizendo que
ainda é possível reverter a situação para níveis razoáveis.
Porém,
"o tempo está a ficar limitado", finalizou.
O
pacto de Paris, que entrará em vigor em 2020, apoiar-se-á no compromisso dos
Estados para a redução de emissões de carbono, que serão apresentadas até ao
final do ano.
Lusa
>>
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