Vejam a noticia no site oficial: http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-07-07-Cientistas-de-todo-o-mundo-alertam-para-perigosa-aproximacao-de-desastre-climatico
Transcrição:
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Quase 2.000 cientistas
iniciaram hoje em Paris um encontro de quatro dias para recordar aos políticos
que ainda é possível reverter o aquecimento global do planeta.
A
reunião ocorre cerca de cinco meses antes da data limite para o pacto histórico
de contenção de carbono.
"O
mundo encontra-se perante uma crítica encruzilhada", foi a mensagem que o
secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, transmitiu aos
académicos.
Enquanto
as nações se comprometeram a limitar o aquecimento global a dois graus Celsius
acima dos níveis da era pré-industrial, a investigação científica mostra que o
mundo está a atingir o dobro ou mais desse valor devido às atuais emissões de
gases de efeito estufa.
Concomitantemente,
os níveis das emissões acordados até agora não serão suficientes para o
objetivo da redução dos dois graus Celsius, alertou Ban Ki-moon, acrescentando
ser "necessário atuar com determinação".
A
reunião iniciada hoje na capital francesa servirá também para preparar a
próxima conferência climática da ONU, agendada para 30 de novembro a 11 de
dezembro, em que 195 países negociarão um novo pacto climático global.
Sob
o lema "O nosso futuro comum sujeito à mudança climática", a reunião
de académicos, provenientes de quase 100 países, irá reavaliar os conhecimentos
científicos mais recentes sobre os desafios climáticos e possíveis soluções
para sustentar o encontro iniciado hoje em Paris.
"Não
cabe aos cientistas dizerem aos governantes o que deve ser feito em dezembro,
mas sim iluminar as possibilidades a seguir", salientou o organizador do
comité científico, Chris Field, evidenciando sobre as diversas escolhas que
cada uma delas terá os seus "diferentes custos e riscos, assim como
oportunidades de contribuir para a robustez da economia e maior vitalidade das
comunidades".
Desde
2010 que se tem apontado para a redução das emissões de gases de efeito de
estufa que "até 2050 que têm que baixar cerca de 40 a 70%", sublinhou
o secretário-geral da ONU, alertando para a existente distância a que o mundo
se encontra do objetivo definido.
"Para
encurtar essa distância é fundamental ultrapassar as faltas de financiamento na
ciência, na tecnologia, na capacidade e na confiança", insistiu,
concluindo que a ciência contribui para colmatar as lacunas no conhecimento e
na tecnologia.
Por
sua vez, o responsável da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michael
Jarraud, alertou para a subida dos níveis dos mares e para as frequentes
subidas das temperaturas num globo cada vez mais sobreaquecido, dizendo que
ainda é possível reverter a situação para níveis razoáveis.
Porém,
"o tempo está a ficar limitado", finalizou.
O
pacto de Paris, que entrará em vigor em 2020, apoiar-se-á no compromisso dos
Estados para a redução de emissões de carbono, que serão apresentadas até ao
final do ano.
Lusa
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