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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Feliz na indagação narcísica

Feliz na loucura. Digo suposições. Não admito aquilo que me quer derrubar. Vou escrever algo. Na verdade, não escrevo, dito. O Tempo da minha vida tem significados, assim como o de todos. Procurando inspiração, continuo. A inspiração de mim está dentro de mim. Mas não transparece assim tão facilmente. Digo frases com sentido imenso, mas que não desenvolvo. Esse sentido está acessível em mim, faz parte de quem eu sou. No entanto, prudência é necessária. As frustrações têm que ser ultrapassadas. Os atritos têm que ser ultrapassados. O cansaço quer vencer-nos, aumenta com o passar do tempo, mas ainda há esperança. A esperança reside no que de novo e bom posso fazer, posso trazer para esta vida, para este mundo, para mim, ainda. Algo como um dom, que está na minha vivência e que perdurará até onde o destino das coisas o levar. Ainda há que quebrar o círculo vicioso de incepção no ciclo de vida que me transporta e me leva a querer compreender algo que não sei o que é com exatidão, mas que se revela, de formas transcendentes, e me faz perceber mais um pouco conceitos que não são palpáveis ou concretos como os objetos da realidade deste mundo, entendimento de descrição comum à maioria dos seres humanos. O foco é necessário para fazer muita coisa, mas divagação para captar a relação entre tudo o que existe é extremamente necessária, contudo aliena-nos do real, que na verdade também é ilusório, mas, ainda assim, funcional. O mundo ideal dos homens parece não ter fim assim como o capricho do supérfluo que se torna vital com a habituação, mas um fim certo está nos destino deste trilho, que se mede em diferentes durações dos tempos diferentes de todos os seres que perfeitamente se ajustam num todo, e mais ainda se pressente o destino do mundo que corre na Mente enorme de um desejo não pedido mas que se fez em nós, o qual indago: porque tem que acontecer este (destino) que se pressente? Quem Rege esse destino com todas as leis descobertas e que ainda se descobrirão? É uma Complexidade ou uma Singularidade?  

 

 

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terça-feira, 18 de maio de 2021

Transpondo entendimentos próprios

 

Conversando comigo mesmo, teletransportado em sonhos, constantemente, numa incepção sem fim. Volto num relance a quem fui, numa interpretação constante de algo inacabado. Cansado das perspetivas que teimam em levar a lado nenhum, qual presságio maldito que me tenta envolver, como se ninguém além de eu próprio tivesse culpa de algo que nunca fiz. Entrego meus dias ao Destino que não compreendo de todo, e penso nunca chegar a compreender, empoderado pela ilusão verdadeira de que eu estou correto naquilo que vejo; Um mundo corrupto, corrompido pela falsa amizade, pela falta de entendimento e compreensão dos momentos que se acometem nas vidas que se cruzam; Os desajustes que nos impõem são resultado de uma sociedade podre, em que, como sempre, desde a existência dos tempos do mundo, tudo funciona apesar de tudo parecer ir de mal a pior e a desabar a qualquer momento, e isso pode aplicar-se na vida de qualquer um de nós; Mas, apesar do maior mal sempre há quem se safe; Não venham dores maiores à gente, além daquelas que já sabemos que podemos suportar, de algum modo. Nesta física quântica nada é o que parece ser, tudo é incerteza na profusão do conhecimento. Na procura pessoal de justiça, baseado na crença de um Bem-Maior, tudo se torna incerto à medida que a idade avança. Passa-se a vida na boa-fé de que tudo é correto, que nossos sentimentos são válidos e nos fazem crer, num piscar de olhos, se nos precipitamos a acreditar, de que nos estamos a tornar nuns gangsters. Imiscuídos na informação que nos chega, vemos o pulsar de uma humanidade infinita como o universo, como se todos tivessem os mesmos direitos, sem os ter tentado alguma vez alcançar. Nasce-se para ser carne para canhão, para fazer funcionar a economia, nasce-se por azar, e, no entanto, tantos com tanta sorte, ‘já te safaste…’. 

 

 

 

 

domingo, 9 de maio de 2021

A complexidade, entropia e esquecimento do individuo na internet

 

            A complexidade dos pensamentos é imensa, no entanto, constato muitas vezes, que apenas dizemos e transmitimos o que é simples. Como se fosse proibido dizer mais, como se não fosse permitido falar mais. Vamos aprendendo na vida as coisas que sabemos e depois vamos fazendo, pensando e dizendo essas coisas em modo automático; mesmo assim, é enormemente fascinante quando tudo toma a forma correta, eu diria que miraculosamente; contudo, quando muitos de nós pensamos que é tudo racional, concreto e simples, dentro da engrenagem natural que faz de cada um de nós quem somos e que temos por adquirida quando tudo corre bem, a naturalidade da sorte que nos acompanha é esquecida. Neste mundo de 2021 depois de Cristo em que o digital grassa a passos largos de corrida, em que a velocidade da tecnologia não quer abrandar, há uma entropia de palavras em que me encontro perdido, marginalizado por um sistema que me acolheu e me tende a olvidar, não é assim senhor google? Quem somos nós (?) a expor os nossos sentimentos em palavras olvidadas, tal como em papel finito, no antigamente, que se perdia no tempo? Sim, porque somos pó e ao pó havemos de voltar, simples assim, sempre o foi, tal tempo antigo como agora, para todos os seres vivos: a perenidade. Talvez seja melhor assim, não estarmos demasiado expostos, sem puder suportar isso; Não foi nem será o meu destino. Certamente a minha linhagem não perdurará, não é a minha vontade que conta, mas do Sistema em quem confio e me Rege. Ainda assim, temo a solidão: se não puder suportar valores que me ultrapassam, se aquilo que me habituei a reconhecer desaparecer, e, mais do que ser esquecido, se me esquecer de mim próprio, de não me conseguir adaptar e com isso ser ultrapassado -tanto pior se for a um ritmo avassalador-; queremos alguém que seja amigo, presente, para quando precisarmos ser ajudados e vice-versa. Tento confiar cada vez mais na minha fé, e, de que tudo correrá pelo melhor, apesar de todo este manancial negativista que me prejudica a mim e a quem me envolve, sem querer, penso nisso; não sou a raiz do mal no mundo, mas o erro é imanente a mim, a nós seres finitos. Com isto digo que erramos no ato de agir, erramos nas palavras, sinto que a verbalização deve ter uma influência muito maior na nossa vida do que aquilo que julgamos, a responsabilidade das palavras pesa, cada vez mais, com o conhecimento e experiência, à medida que a idade avança. Avançamos no tempo com uma evolução mundial fruto da ação de um organismo complexo que é a humanidade, no intuito de que a tecnologia é benéfica; para todos nós surgiu um novo mundo de comunicação e de presença constante na vida uns dos outros, por exemplo com as redes socias e outras aplicações de comunicação; mas possivelmente estamos a esquecermo-nos de muitos outros seres humanos que estão a ser preteridos, quiçá nossos avós (?), quiçá ainda nossos pais (?), quiçá até nossos irmãos (?), nesta novas maneiras de viver, nestas novas e muitas vezes supérfluas maneiras de consumir, perdendo tradições importantes. O futuro a Deus pertence, certamente. E não só, destruímos os animais e plantas selvagens, provocamos desequilíbrios neste ritmo imparável, onde eu continuo a questionar, divagando nas minhas ideias se há um motivo Superior para tudo isto acontecer. Se assim for só tenho de respeitar, só temos de respeitar. E, ainda assim, na minha mente ecoa constantemente a pergunta de porquê tudo isto ser assim? Andamos todos no palco, a querer exibir-nos, mas o público torna-se tão pouco quando se tem que dividir por todos os atores, que acabamos por ser atores de nós mesmos neste espetáculo que não pertence, pelo menos a muitos de nós. A individualidade é boa, mas enquanto não formos insignificantes, e fiquemos satisfeitos com o essencial da vida para nós. A vida de cada um só o próprio conhece na sua plenitude introspetiva, se a possuir, e também a conhece Aquele que nos Orienta. Senhor Google, não te esqueças de mim, sobretudo no meu fim. 

 

 

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