Olhar manso, por vezes,
sério e penetrante, muitas vezes, em pânico noutras, tentando controlar aquilo
que deverá ter uma razão de ser, indago. E, controlo, muitas vezes. Incapazes
de ir ao fundo do meu ser, assim, sou eu, segundo uma ideia que tenho de mim,
de como me vêem. Se bem que muita gente pensa que me conhece, que me consegue
tirar a minha conduta de um só relance, ou da leitura de um blog ou de um facebook,
por exemplo, não querendo afirmar, com isto, que sou uma pessoa boa ou sou mau,
superior ou inferior, isso é relativo a complexas interpretações, que, por
vezes, parecem simples e de rápida dedução. Com qualquer internauta provavelmente
será assim. Neste mundo em que tudo tem explicação, e em que se consegue saber
mais de um individuo do que o próprio individuo, será que tenho que me acometer
a um rótulo, quando não posso enquadrar-me numa explicação própria do que se
passa comigo, e na minha relação com a sociedade? Quero acreditar que quem faz
cara feia também tem valor neste mundo, e poderá ter muito mais valor do que
algum ser jamais poderá imaginar ou idealizar. Eu não estou certo, eu próprio o
digo e me tento corrigir e me dirigir, pelo menos em ideal, em pensamento, para
a meta do que é a Verdade e do que é correcto, se conseguir. Mas, o mundo
humano anda, certamente, num delírio (que se manifesta claramente na internet),
em que quem não entra em determinados trâmites é ignorado e menosprezado. Que
conceitos tóxicos são esses (?), em que muitos embarcam facilmente, segregando
outros seres, só porque eles se acham mais belos (e, aparentemente, certamente
o são), mais inteligentes (e, aparentemente, certamente o serão), com mais
poder (e, se têm muito dinheiro, certamente se acharão), etc. E o tóxico sou
eu? Passando para um outro reflexo do que é o mundo humano, para mim, a
humanidade do mundo virtual anda presumida, na ilusão de que a tecnologia
resolverá tudo e a ciência resolve todos os problemas (eu mesmo, neste blog,
pus a esperança de que a internet iria resolver muitos problemas de muita
gente. Constato que resolveu ou apaziguou muitos, mas há outros a aparecer), mas,
pressinto que isto que aparenta ser a solução, se vai tornar em grandes
problemas, como o é, já, a poluição e o aquecimento global, por exemplo, derivado
do uso inconsciente, mas necessário para a evolução do mundo humano, dos
combustíveis fósseis, ilusão essa, em que se continua a abafar aquilo que
deveria ser uma mentalização séria e global (mesmo a propósito da globalização
que provoca a inetrnet), em nome de algo grande (talvez o poder económico
vigente e aceite por todo mundo) mas que não é de fiar e se está a tornar numa
norma e bitola descontrolada. A tecnologia e a virtualização da informação,
primeiro através da televisão e recentemente, em particular nas duas últimas décadas,
da internet, faz-nos caminhar para um mundo tecnológico de marginalização em
massa (aquilo a que eu mais presto atenção, porque me sinto parte desse
contexto) em variadas vertentes – Laborais, económica, intelectual etc. e em
que por vezes, me parece que nem uma revolução, no sentido clássico de guerra, faz
sentido (a não ser que se queira destruir a terra e a nós próprios, como
deveria ser óbvio para todos), uma vez que ela não irá resolver o imbróglio
massivo em que a nossa espécie se meteu, em que o nosso sucesso (em amplo
sentido do conceito sucesso: no sentido de reprodução, da capacidade de
conhecimento e eficaz exploração da Terra, e da magnifica técnica e tecnologia
criada, fruto duma capacidade imparável, em que a ambição de cada ser não tem
limites definidos) poderá ser o caminho para a própria destruição. Mas, ainda
assim, será que é Deus que assim quer, pergunto-me, baseado na minha Fé? Os
dados e a informação estão aí, portanto, como resolver isto sem causar danos
maiores e muita destruição humana como foi a das grandes guerras mundiais por
exemplo? Grandes Guerras, em que, quase, destruíam o mundo, e, talvez, se tivesse
sido assim, seria felizmente para mim, pois, eu não estaria aqui para sofrer na
pele as alegrias e as tristezas de viver humanamente. A tecnologia está aí, o
poder diluído, ou talvez não. Talvez Ele (o Poder) esteja na mão de quem
controla essa tecnologia. Tudo o que disse em cima e faz parte da realidade ‘’clássica’’
acontece na estrada da Vida, como ela se apresenta pela visão Darwinista da
evolução. Fazendo uso desta metáfora (como poderia ser outra qualquer): quem
vai de automóvel vai mais rápido e vai com mais controlo e segurança do que aquele
que tem que ir a pé, na mesma via, e que vai mais lento e sujeito ao atropelamento
de uma viatura, por parte de outros que conduzem precisamente com mais controlo
e segurança porque estão blindados pelo poder tecnológico; a vida é mais difícil
ou mesmo impossível para quem vai a pé, pelo menos, a partir de certo ponto,
assim será. Particularmente, o Google tende a remeter-me para a recôndita condição
da nulidade, assim é, se eu não agir, na internet. Os Algoritmos subestimam-me,
não me passando do zero, se eu não fizer algo para sobressair, e tem de ser de
acordo com os algoritmos, que, dizem, já conseguem saber mais de nós mesmos do
que nós sabemos de nós próprios em toda a nossa vida. Será que o queremos dizer
não tem valor? Só teremos valor enquanto vivemos? Será Deus que assim quer? Porque
o sentido da contrariedade? Certamente a internet, o Virtual, é um reflexo da
Realidade, da nossa realidade. Neste puzzle da Vida, eu gosto de divagar e
pensar, porque realmente é fantástico, e as peças vão encaixando à medida que o
tempo passa. Mais uma vez digo, vivo num tempo fantástico, impressionante,
inimaginável, mas muito incerto, e digo, mais uma vez, também, sinto-me frágil
e perene, embora o meu cérebro me queira dizer, quando estou bem e protegido
pela tecnologia, que sou imensamente forte e me esqueça da finitude das nossas
vidas, isto porque, talvez, eu me imerso na Fonte da Eterna Sabedoria e beba da
água da grande mente humana, um só como um todo. No entanto, não sei que pensar
acerca do silêncio que me envolve, não sei porque se calam essas vozes, se são
contrárias, se por respeito, se por não fazer sentido aquilo que digo ou se,
afinal, aquilo com que caracterizam os outros, determinadas pessoas, é aquilo
que, de facto, elas são. Assim serei eu também. E no entanto, peço perdão por
não ter dito as palavras certas em muitas ocasiões, demasiadas ocasiões; peço
perdão, quando não digo as palavras certas; assim, também eu fui alvo do que
não é correcto dizer e fazer, e nunca serei perfeito, nunca o homem será
perfeito nesta vida, ninguém, mas isso não pode ser motivo de impunidade para
ninguém, tudo tende para o equilíbrio, os elementos da nossa Física, e que pertencem
à ciência, também tende para a estabilidade. Nunca estivemos tão perto do
conceito do Divino, de poder explicá-lo. Sei que para evoluir tem de se errar,
é difícil de acertar nas palavras certas assim como agirmos bem logo à
primeira, faz parte do processo de evolução vista do ponto de vista Darwinista
e da representação clássica da realidade (numa alusão baseada na Física clássica
e nos conceitos Filosóficos dos nossos ancestrais, mas, conceitos mais
profundos tendem a emergir actualmente). Realidade clássica, essa, observada do
ponto de vista concreto, a que se apresenta a nossos olhos, num sentido óbvio.
Mas, falando a um nível muito mais profundo, tenho um conceito em mim, que se
amplia a cada momento que passa da minha vida, de que a gente não deve errar,
porque errar, no sentido de um Real preceito de Viver, nesse novo nível de
Universo, que reside em nós, significa ser alvo de um escrutínio muito justo
que se realiza a cada momento que passa, essa é a minha revelação, essa pode
ser a revelação dum mundo a advir e que eu já não farei parte, possivelmente. ‘’O
futuro a Deus pertence’’. Neste momento, pelo menos, apresenta-se plausível essa
ideia, que é, como que, mais uma fórmula para a minha vida, e quiçá, se for
como acho, a de muitos homens e mulheres que querem acreditar que há algo mais
do que ciência e tecnologia, se é que me entendem. Esta tecnologia que eleva as
mentes extrovertidas, digo assim, que são chamadas a raciocinar em público, são
um ideal válido em grande dimensão dos ideais conceptuais em que a tecnologia
da imagem e do som, quando entra em acordo com a beleza física, nos leva a um
patamar de entendimento da inteligência como sendo um padrão a seguir. Mas,
tenho para mim que as mentes com grandes dificuldades em se exprimir em
público, com fisiologias frágeis ou incapazes de se adaptar, ainda assim,
poderão ser preponderantes na direcção que o mundo pode tomar, e, devem ter
lugar nesta realidade e ser contraponto de equilíbrio de todo um ideal de
imagem e beleza e de um mundo televisivo onde tudo funciona correctamente, condensando
a norma tecnológica vigente, que cria um mundo de perfeição ideal, que deve ser
o ponto de referência que nos guia idealmente, é certo, mas que se revela,
demasiadas vezes, não verdadeiro na realidade pura e dura; Os motores de busca
têm as suas idiossincrasias, e com isso podem elevar-nos mais alto ou
rebaixar-nos à insignificância de uma busca eterna. Hoje, novamente, estou aqui.
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