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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Depeche Mode - In Your Room (Zephyr Mix) [com Tradução]

  



Depeche Mode - In Your Room (Zephyr Mix)



In your room
Where time stands still
Or moves at your will
Will you let the morning come soon
Or will you leave me lying here
In your favourite darkness
Your favourite half-light
Your favourite consciousness
Your favourite slave

In your room
Where souls disappear
Only you exist here
Will you lead me to your armchair
Or leave me lying here
Your favourite innocence
Your favourite prize
Your favourite smile
Your favourite slave

I'm hanging on your words
Living on your breath
Feeling with your skin
Will I always be here

In your room
Your burning eyes
Cause flames to arise
Will you let the fire die down soon
Or will I always be here
Your favourite passion
Your favourite game
Your favourite mirror
Your favourite slave

I'm hanging on your words
Living on your breath
Feeling with your skin
Will I always be here

Will I always be here
















No teu quarto
Onde o tempo pára
Ou se move à tua vontade

Irás deixar a manhã vir em breve
Ou vais deixar-me aqui deitado
 Tua escuridão favorita
Teu silêncio favorito
Tua consciência favorita
Tua escravatura favorita

No teu quarto
Onde as almas desaparecem
Só tu existes aqui
Levar-me-ás para a tua poltrona
Ou deixar-me-ás aqui deitado
Tua inocência favorita
Teu prêmio favorito
Teu sorriso favorito
Tua escravatura favorita

Estou pendurado em tuas palavras
Vivendo em tua respiração
Sentindo com a tua pele
Vou estar sempre aqui

No teu quarto
Teus olhos ardentes
fazem surgir chamas
Vais deixar que o fogo morra logo
Ou será que eu sempre estarei aqui
Tua paixão favorita
Teu jogo favorito
Teu espelho favorito
Tua escravatura favorita

Estou pendurado em tuas palavras
Vivendo em tua respiração
Sentindo com a tua pele
Vou estar sempre aqui

Vou estar sempre aqui







Fonte: Internet

Tradução: pessoal baseada na internet

domingo, 7 de julho de 2013

Grita comigo




         Recolhido neste antro, oiço subitamente, o relógio tocar. Toca o peso das horas imponderáveis. É imenso o peso que recai sobre esta esferográfica, onde cada palavra é escrita sobre imenso esforço. Meço cada frase, que é olvidada quando se procura uma mais sobranceira. E tal como o som que o sino emitiu, que veio do vazio – para lá voltar-, assim sinto cada oração escrita, vazia de sentido. Como encontrar uma mais proeminente? Como superar-me a mim mesmo? A busca da perfeição não tem sentido, somos limitados por natureza.

            O mundo desabou sobre mim. Esta cogitação deixou de ter pés e cabeça, o pensamento não é linear. Sinto em mim o grito cavo e próximo da noite, tentando aliviar o âmago em letargia. Sim, já não sou eu que grito, porque mais não consigo. Mas há algo que grita por mim. Tenho medo de cada palavra que profiro, que ela me seja pungente, melhor, tenho medo de mim mesmo. […] Tenho medo dos meus próprios pensamentos. Sou uma máquina infernal que se consome lentamente. Todo eu sou efusão de sentimentos recalcados, tudo a manifestar-se ao mesmo tempo. E nada consola este coração despedaçado, abandonado como gota de água no deserto. É nesta fugacidade que tento reencontrar o equilíbrio.

            No silêncio das horas procuro uma luz que ilumine o meu caminho, transeunte que sou, nesta vida sem destino. Proclamo a lua e o sol como renovadores de esperança, que os seus raios de luz desçam em abundância. Procuro com avidez pormenores despercebidos com os cinco sentidos. Quero espaço, quero ar, quero mar, quero chuva, quero descansar, acordar, ver estrelas a brilhar, preenchendo o vazio sideral.







OBS:  Este texto foi originalmente escrito nos anos 90.